Segundo a jornalista do Diário Económico, Cristina Barreto, "existem razões sólidas para pensar que uma recuperação económica sustentada vai demorar o seu tempo", afirmou hoje Mervyn King, durante a apresentação do relatório sobre as perspectivas de evolução da inflação no país. O responsável máximo da autoridade monetária do Reino Unido frisou ainda que "esta recessão é diferente das outras devido à crise financeira, que levou à queda do valor dos activos e revelou o peso da dívida nos balanços", defendendo que "corrigir esses desequilíbrios exigirá alterações no consumo e os bancos terão que actuar para reduzir a dívida e aumentar o capital". Para Mervyn King, os aumentos de capital realizados até à data pelas instituições britânicas, em vários casos com o apoio do Governo, serviram para evitar a sua queda, mas "é provável que o seu nível de crédito continue limitado por um tempo, devido à aversão ao risco dos bancos e à sua necessidade de ampliar ainda mais o capital". Tal é a necessidade de "limpeza" do sector bancário, que o governador acredita que "a próxima década vai ser dominada pelo processo de recuperação da crise financeira" e que esta "grande ressaca" contrasta com a "década feliz" (1998-2007) na qual os bancos britânicos aumentaram o crédito às famílias a um ritmo anual de 11%. O Governador do Banco de Inglaterra adiantou ainda que o processo de reestruturação dos balanços dos bancos vai pesar sobre a economia britânica, antecipando que o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido poderá cair 5% este ano".
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Aznar defende mais liberdade e menos proteccionismo para países sairem da crise
José Maria Aznar defendeu recentemente num Congresso no Estoril, que os países que têm mais liberdade, que apostam mais nas reformas estruturais e menos no proteccionismo serão os primeiros a sair da crise.
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