domingo, julho 29, 2007

Chão da Lagoa 2007 já é passado (IV)

O presidente do PSD, Marques Mendes, acusou hoje o primeiro-ministro, José Sócrates, de não respeitar a autonomia regional e de só ter palavras de ataque para com a Madeira. Ao intervir na festa do PSD-M no Chão da Lagoa, Luís Marques Mendes recordou o apelo feito pelo Presidente da República para a cooperação entre o governo central e Região Autónoma. «Quem está em falta é o primeiro-ministro de Portugal e, por isso, lhe quero dizer, se o primeiro-ministro de Portugal não gosta da autonomia e não respeita a autonomia, ao menos tem a obrigação de respeitar o apelo de Estado feito pelo Presidente da República», declarou. «Há mais de um ano que o primeiro-ministro não tem um minuto para receber o presidente do governo regional, há mais de um ano que só tem palavras de ataque, de crítica, de limitação à autonomia regional, há mais de um ano que não dá sinal de cooperação, de respeito pela Região Autónoma da Madeira e pelos seus órgãos de governo próprio que estão legitimados nas urnas», prosseguiu Marques Mendes. O presidente do PSD nacional acusou ainda o governo da República «de tudo fazer para acabar com a autonomia regional» para concluir «tudo isto é uma estratégia para dar cabo da autonomia regional e uma estratégia para atacar o bastião social-democrata». Por isso, Marques Mendes defendeu que no próximo processo de revisão constitucional, que poderá ocorrer em 2009, se deve «defender e aprofundar a autonomia regional». No seu discurso na conhecida festa do PSD-M, Marques Mendes referiu-se à situação política nacional, considerando que Portugal «é um país a marcar passo». «A economia não arranca, o desemprego cresce, os salários baixam, as pensões de reforma definham, a saúde não melhora, a educação continua a ser uma miragem, as desigualdades sociais aumentam e, na Europa, estamos cada vez mais em baixo», disse. «Quando o primeiro-ministro diz que estamos no bom caminho, é preciso explicar-lhe que se nos compararmos com o Burundi, estamos muito bem, mas se compararmo-nos com qualquer dos 27 países da União Europeia, estamos atrás de todos», declarou. Mendes acusou ainda o primeiro-ministro de estar a fazer «eleitoralismo» quando recentemente admitiu que os impostos poderão baixar em 2009 - «em ano de eleições, isto é do mais grave que pode acontecer», acusou. «Um primeiro-ministro assim, que enganou os portugueses nas últimas eleições, que os quer voltar a enganar em 2009, é um primeiro-ministro que não tem emenda e sobretudo não tem perdão», defendeu.Marques Mendes elogiou a obra de Alberto João Jardim na Madeira, afirmando que «merece uma homenagem de todo o PSD nacional» e elogiou a festa do Chão da Lagoa: «uma falha no meu currículo político, na minha vida, uma festa extraordinária» (fonte: Sol)

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