Li no DN do Funchal, pelo jornalista Jorge Sousa, que "no período de perguntas, Jaime Leandro (PS) apontou o caso do blogue do chefe de gabinete do presidente da ALM, Filipe Malheiro, que divulga dados do parlamento e faz comentários sobre deputados. Uma situação que, segundo o deputado, tem motivado protestos de vários partidos". Mais uma vez, confesso, uma tentativa de silenciamento. Que começa a fartar. Por isso, metem este blogue barulho e fazem-no com recurso a acusações falsas. O chefe de gabinete é uma coisa o autor deste blogue,com toda a sua liberdade, é outra. Tal como o cidadão que escreve no Jornal da Madeira é outra. Era o que faltava que uma actividade profissional condicionasse todas as outras. Se pensam que me calam, enganam-se. É falso, mentiroso e asqueroso - repito, falso, mentiroso e asqueroso - que, de quando em vez, venham com acusações desta natureza. Protestos de partidos? Quais protestos qual carapuça? Fui jornalista antes do dirigente do PS local, sr. Leandro, imaginar que seria deputado. Sou articulista, concordem ou não com o que penso e escrevo. Mas faço-o há muitos anos no Jornal da Madeira, sou dirigente político do PSD desde 1991. Fui candidato e eleito deputado regional, mais do que uma vez exactamente o mesmo que o dirigente do PS local, sr. Leandro é. Dados do parlamento? Mentira. Mas quais dados? O parlamento regional é hoje a instituição regional com menos segredos, mais aberta, onde toda a informação é partilhada pelos 7 partidos (!) lá representados. Não há segredos. E quando em Outubro deste ano for adoptado, como é público, o modelo de gestão informática de toda a informação, com o papel a deixar de ser usado, todo o acesso à informação parlamentar, incluindo por via do site institucional, será global, imediata. Porventura os jornalistas madeirenses não sabem melhor que eu, ou pelo menos tão bem como eu, como é que funciona o parlamento em termos de acesso a notícias? Diga quais são esses dados e quando? Comentários sobre deputados? Mentira. Diga quais, onde e quando? Ou será que o confronto de ideias, mesmo que por vezes mais radicalizado, não é política pura e dura?! O combate político passa pelo confronto de ideias entre pessoas. Podemos reconhecer que, por vezes, mais radicalizado, mais intenso, mas isso tem muito a ver com a forma como cada um encara a política e nela intervém. Não confunda a minha liberdade enquanto cidadão e o meu direito a ter uma opinião e a dar expressão a essa opinião. Finalmente um comentário para que não subsistam dúvidas: o que o dirigente do PS, sr. Leandro diz, vale o que vale. Da parte que me toca, dirigente do PSD da Madeira, direi apenas que, enquanto cidadão, enquanto político, enquanto articulista, mesmo antes do dirigente do PS, sr. Leandro, ser deputado, era o que me faltava ter que receber lições de ética, de moral ou de seriedade, dele ou seja de quem for. Recordo-me bem, nas regionais de 2007, de um blogue oficial do PS local, com logotipo e palavra de ordem usada na campanha eleitoral, usado para insultar pessoas, de uma forma porca e nojenta. Aliás, nenhum dos seus colegas dirigentes do PS, incluindo alguns pelos quais tenho consideração e respeito pessoal, se incomodaram tanto ou se “indignaram” tanto com o que se passou então. Pudera! Era o vale tudo. Obviamente que o dirigente do PS local, sr. Leandro, sabe muito bem do que é que eu estou a falar, como também sabe que a blogosfera é um mundo imenso para o anonimato, indivíduos que por falta de coragem, têm vergonha de dar a cara ou deliberadamente refugiam-se no anonimato para impunemente poderem insultar adversários políticos e não só. Não creio que o dirigente do PS, sr. Leandro, pense que nos distrai com declarações como as que hoje li no DN do Funchal. Fiquemos por aqui. Porque não quero perder mais tempo com este assunto.
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