segunda-feira, fevereiro 19, 2024

Com medo de perder a casa, sem emprego e contas para pagar: crise atira cada vez mais mulheres para a prostituição

A crise em Portugal tem ‘empurrado’ cada vez mais mulheres para a prostituição, indicou esta quarta-feira o ‘Diário de Notícias’. “O país está na miséria. É esta crise que está a levar as mulheres para a rua. Há pessoas que perdem a casa, porque o banco lhes tira, outras são despejadas pelos senhorios. Há casais que estão os dois no desemprego. As pessoas veem-se obrigadas a isto. E vai haver cada vez mais prostituição”, indicou Maria de Jesus, que abandonou a prostituição há cinco anos, em declarações ao jornal diário. As associações de apoio já estão no terreno, como é o caso da Obra Social das Irmãs Oblatas. “Muitas das mulheres que estão na rua perderam o emprego. Não conseguem encontrar um trabalho formal e continuam na prostituição. Outras vão à rua para pagar a água, a luz e o gás. A crise trouxe mais mulheres para a rua”, referiu a responsável Carla Fernandes.

“A crise fez com que viessem mais mulheres para a rua. Há mulheres que não exerciam há alguns anos e que tiveram de voltar. A acrescentar, temos uma crise gravíssima ao nível da habitação. Temos mulheres que nos dizem que há dias em que só trabalham para pagar o quarto. E que se não trabalharem não têm forma de pagar o quarto, para dormir”, garantiu. A mesma opinião tem Conceição Mendes, da associação O Ninho. “As pessoas não têm meios de subsistência e, atualmente, existe também a falta de opção habitacional. Vê-se mulheres de todas as idades, mas, em alturas de crise, surgem mulheres mais velhas, que não têm outras escolhas”, sublinhou (Executive Digest)

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