Pedro Calado fez, no regresso ao Funchal, uma declaração emotiva, tranquila, prudente, cautelosa, claramente combinada com o seu advogado. Disse no aeroporto do Funchal o que devia dizer, com convicção, reclamando repetidamente a sua inocência - o ónus das provas faz com que sejas o MP a acusá-lo e a provar as acusações com factos concretos, não com teorias estapafúrdias ou deambulações - sem criticar nem o tempo excessivo passado detido, 22 dias, e que tanta polémica e celeuma tem causado, e elogiando a postura de todas as diferentes entidades envolvidas no seu processo, desde os advogados aos simples guardas prisionais ou agentes policiais.
Registo a sua esperada recusa em desempenhar qualquer cargo público ou exercer funções partidárias, até que o processo de que é alvo seja finalizado, o que não significa que, depois de tudo ser esclarecido e de haver uma decisão final na justiça, possa ser, caso queira, um nome a contar pelos social-democratas, caso reúna no epílogo de tudo isto, condições para esse desiderato. Mesmo que se viva numa terra de justicialistas bandalhos, licenciados nas redes sociais e na maledicência, que acham que todos são bandidos e corruptos e que todos devem ser presos, mesmo sem julgamento, comportamento que alteram quando a justiça lhes pisa os calos ou os obriga a pagar milhares em indemnizações a terceiros por causa dos insultos proferidos indiscriminadamente, menos àqueles que lhes garantem sustento na política ou na sociedade. E escroques desses também existem na política (LFM) (Video aqui)
Sem comentários:
Enviar um comentário