Nestas legislativas nacionais, tanto o
PSD-M como o CDS-M - e provavelmente os dois partidos nacionais - cometem um
grave erro grave, ao formalizarem coligações pré-eleitorais, esvaziando o
espaço dos eleitores que recusam votar nos dois partidos coligados.
Eu explico e julgo que as pessoas
facilmente entendem o que quero dizer e dar-me-ão razão, até porque ninguém
acredita que num país em crise social, política e económica como o nosso e onde
os políticos nunca estiveram tão por baixo, o voto útil funcione a favor seja
de quem for. Nem na esquerda, muito menos na direita.
Por que digo isto?
É sabido que uma importante mancha do
chamado eleitorado flutuante - que vota sem compromissos decidindo em função de
factos e de decisões tardias, muitas vezes tomadas à boca das urnas - acha que
o PSD de Rio é algo "pró-socialista", ou seja, demasiado colado à
esquerda, ao PS e a Costa.
Por isso não votam útil no PSD, antes
faziam uma inflexão e acabavam por beneficiar o CDS que durante muito tempo, na
RAM e no País, beneficiou desse voto útil em eleições legislativas nacionais.
Sucede que com uma coligação à direita - que não existe à esquerda - quem não
quer votar no PSD ou mesmo no CDS, fica com que alternativas? Votar no Chega ou
na Iniciativa Liberal? E depois PSD e CDS lamentam-se que estes dois partidos
lhes andam a "roubar" votos quando na realidade são eles que
facilitam isso esvaziando a sua área eleitoral. Isto vem nos livros, não é uma coisa
do outro mundo. É assim, uma realidade fatual.
O que ajuda o PSD e o CDS é que tanto o
Chega como a IL em muitas regiões, incluindo na RAM, parecem ser partidos sem
rua, porque vivem algo acomodados, dependentes da intriga nas redes sociais e
do aproveitamento feito do espaço mediático quer lhes dão ou conquistam. Quando
isso mudar pior será para PSD e CDS. Em Espanha o PP passou (passa) por isso e
tem o extremista Vox a cerca de 3 ou 4% de distância! (LFM)
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