O
governador defendeu que a recuperação deve acontecer sem entrar numa crise
económica, nem financeira ou social, e que os líderes devem "manter vivo o
espírito que conduziu as decisões de 2020". O governador do Banco de
Portugal, Mário Centeno, admitiu que "vêm agora" as decisões difíceis
de política económica e reafirmou a intenção de uma "solução
atempada" sobre as moratórias, com fim anunciado para setembro.
"Eu
gosto de referir que as decisões difíceis vêm agora, não podemos descansar nos
sucessos conseguidos", afirmou o ex-ministro das Finanças e antigo
presidente do Eurogrupo, numa aula sobre economia, acrescentado que os sucessos
não chegaram a todos e que é difícil compreender bons resultados quando se está
perante uma pandemia desta dimensão e dureza.
O governador defendeu que a recuperação deve acontecer sem entrar numa crise económica, nem financeira ou social, e que os líderes devem "manter vivo o espírito que conduziu as decisões de 2020". Quanto às moratórias, em resposta a um aluno do Instituto de Gouveia, entidade que organizou a aula virtual, Mário Centeno disse que "foram absolutamente essenciais nesta crise com efeitos sísmicos", face aos duros confinamentos decretados e à preocupação de fazer chegar liquidez as famílias e as empresas.
"A
melhor forma de o fazer foi cancelando temporariamemte as obrigações de
empresas e famílias com os bancos", afirmou, defendendo que esta tem de
ser "uma medida temporária". Mário Centeno lembrou que está a ser
feita uma avaliação concreta da situação, das empresas e famílias, pelo Banco
de Portugal, para "nos próximos meses" conseguir para "uma
solução atempada face ao fim", em setembro, das moratórias. O governador
lembrou aos alunos que nem todas as empresas vão conseguir recuperar dos
efeitos da crise pandémica e que por isso defende um "transitar de
medidas" para apoiar a criação de emprego (Expresso)
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