segunda-feira, maio 03, 2021

Sondagem: Dois terços confiam na vacina e querem tomá-la logo que seja possível


Numa altura em que se assinalam as três milhões de doses de vacinas administradas, são já dois terços dos portugueses que dizem confiar na inoculação e que a pretendem tomar assim que seja possível. A subir, também, os que acreditam que o Governo executará o plano de vacinação dentro dos prazos estipulados. No que ao regresso à normalidade concerne, a larga maioria não acredita que tal ocorra antes de um ano.

De acordo com a mais recente sondagem da Aximage para o JN/DN/TSF, 21% e 45% dos inquiridos afirmam ter uma confiança na vacinação muito grande e grande, respetivamente. Valor que compara com os 16% e 42% apurados em fevereiro. Confiança essa maior na faixa etária acima dos 65 e menor na dos 18-34 anos. Sem grandes oscilações ao nível do sexo, os maiores graus de confiança encontram-se nos extremos das classes sociais.

Sendo também dois terços aqueles que querem ser inoculados mal seja possível. Com uma evolução assinalável face à sondagem de novembro, altura em que a União Europeia não tinha ainda nenhuma vacina autorizada para o seu mercado. Se àquela data apenas 25% admitiam a imunização mal fosse possível, a proporção chega agora aos 67%.

Com uma leitura mais fina semelhante à anterior: são os mais velhos (91%) a concordarem com a toma da vacina o quanto antes, contra 55% nos 18-34. Numa lógica territorial, destaque para as áreas metropolitanas do Porto (72%) e Lisboa (70%). Com 40% a entenderem que o plano de vacinação está a correr bem (12% muito bem), o Governo soma pontos: 45% confiam em António Costa para implementar o plano nos prazos definidos, mais 17 pontos percentuais (pp) face a fevereiro. Com as maiores taxas de confiança nos eleitores do PS e da CDU.

Regresso ao normal?


Já a perceção de um regresso à normalidade deteriorou-se face à sondagem de fevereiro passado. Agora, são já 23% os que acreditam que só dentro de dois ou mais anos retomaremos as nossas vidas (+5pp). Dentro de um ano, estão 37% dos inquiridos (-3pp).

Com uma leitura etária clara: os mais velhos acreditam num regresso a curto prazo (até seis meses) e os mais novos dentro de um ano. Já acima dos dois anos, 32% das respostas foram dadas por cidadãos na faixa 50-64, predominantemente da região Centro e simpatizantes do PAN e do Chega (Jornal de Notícias, texto da jornalista Joana Amorim)

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