Querem saber se eu acho se Alberto João Jardim
deve ir ao Congresso do PSD-Madeira e falar aos delegados e observadores e
convidados? Acho que deve sim senhor. E acho que deve falar, e falar forte se o
entender, ser incómodo, directo, muito terreno, apontando os erros e, com base
na sua experiência, explicar o que o PSD-M precisa nos dias que correm para se
reencontrar com as pessoas e encontrar novos caminhos. Se não for para isso e
ser apenas mais um, caindo na banalidade perante os desafios que temos pela
frente, então é melhor não ir porque não vai lá fazer coisa nenhuma. Ou marca a
diferença ou não deve ser.
Querem saber se eu acho se Alberto João Jardim
deve ou não participar na campanha eleitoral para as regionais deste ano - já
nem falo nos dois outros actos eleitorais de 2019, europeias e legislativas
nacionais, porque isso seria demasiado? Sim eu acho que Alberto João Jardim,
passados os efeitos (em ricochete) das directas internas de 2014 no PSD-M, que
o afastaram das regionais de 2015 onde foi o protagonista ausente da campanha
eleitoral e transformado numa espécie de "ovelha negra" do rebanho,
deve estar disponível para marcar presença nessa campanha eleitoral.
Como? Não como uma espécie de
"joker" a ser usado pelo PSD-M mas realizando uma campanha eleitoral
paralela, cumprindo um programa próprio mas sincronizado, provavelmente com
membros da sua equipa e que com ele mais directamente trabalharam e continuam a
ter a experiência de um partido no terreno, retomando o contacto com as
pessoas, tentando mobilizar um partido algo desmotivado e desmobilizado que
precisa de crença e de um discurso político mobilizador capaz de acabar, de uma
vez por todas, com a ideia de que qualquer um pode governar a Madeira,
incluindo os que mais a prejudicaram em 4 décadas de autonomia regional, e que
por isso qualquer vitória eleitoral pode acontecer como se o próximo cenário
político regional, na lógica dos social-democratas, seja catastrofista e
obrigue a negociações pós-eleitorais.
Alberto João Jardim já terá sido sondado e
aliciado pelos actuais dirigentes do PSD-M para essa participação mas terá
recusado por alegadamente se considerar "reformado" da política. Ora
um político com a dimensão de Jardim, com quase 40 anos de governação na
Madeira, dificilmente será um político "reformado" e muito menos verá o
PSD regional aceitar esse cómodo estatuto pessoal e político (LFM)
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