segunda-feira, outubro 29, 2018

A queda estrondosa da antiga "rainha" da Europa

A antiga "rainha" da Europa e alegadamente uma das mulheres mais influentes do mundo, sobretudo durante a crise financeira de 2008 a 2012, caiu com um estoiro. Sem honra e sem glória. 
A mulher que condicionou durante anos a política europeia, mas a quem todos os políticos de direita - ou os que estavam a braços com crises financeiras (Portugal, Itália, Espanha, Grécia, entre eles) -  iam beijar a mão subservientes - Passos então foi "exemplar",  tristemente "exemplar", embora Sócrates não tenha ficado atrás nesta "campeonato" da beijoquice hipócrita... - e que ameaçava países usando aquele absurdo ministro das finanças que depois de ter sido posto a andar em 2016, todos diziam ser quem realmente mandava no governo alemão, levou três socos políticos no estômago que a puseram KO.


Nas eleições legislativas nacionais de 2017, perdeu muitos votos e ficou sem maioria absoluta no parlamento obrigando-a a negociar com os social-democratas naquela grande coligação que aqui seria chamada de "bloco central". Eleições marcadas pela subida da extrema-direita.
Depois foram as eleições regionais no estado da Baviera onde o partido parceiro de Merkel - a CSU - levou uma malha perdendo a maioria absoluta que há mais de 50 anos ali detinha.
Foi a vez de novo desaire, este fim de semana, desta feita no estado federal de Hessen onde o partido de Merkel perdeu muitos votos, caiu mais de 10% e acabou por conseguir o pior resultado eleitoral em 50 anos(!) permitindo uma vez mais, tal como acontecera na Baviera, que a extrema-direita elegesse representantes pela primeira vez.
Perante estes resultados, era inevitável que a outrora toda poderosa Angela Merkel - uma catalogação que era mais mediática que politica, continuo a pensar assim - estava a chegar ao fim. Hoje mesmo anunciou que não se vai recandidatar à liderança da CDU, não será candidata ao parlamento alemão e não terá na Alemanha mais qualquer cargo político. Isto na perspectiva das eleições legislativas federais de 2021.
Nascida em 1954, Merkel ascendeu à chefia do governo em 2005, liderando a CDU de centro-direita. Em 2007, Merkel, como presidente do Conselho Europeu, desempenhou papel crucial nas negociações do Tratado de Lisboa e na Declaração de Berlim (LFM)

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