segunda-feira, outubro 08, 2018

5 escândalos que abalaram a banca nórdica


O Danske Bank, o maior banco dinarmaquês, terá estado no centro de um escândalo de branqueamento de capitais de origem soviética e russa. Este é apenas um caso que já envolveu várias instituições do Norte da Europa. No livro “Panama Papers – A História de um Escândalo Mundial”, o jornalista de investigação alemão Frederik Obermaier, que, juntamente com Bastian Obermayer, iniciou, e coordenou, a divulgação do caso, referiu que “olhando para os ‘Panama Papers’, não há grandes diferenças entre os bancos alemães, bancos dos países nórdicos ou do sul da Europa”. Ou seja, a “a corrupção não é um problema de um país ou de uma determinada parte do mundo — é um problema global. Foi desta forma que os bancos suecos Nordea e Handelsbanken apareceram mencionados no escândalo dos “Panama Papers” Também o norueguês DNB foi referido após a divulgação deste caso. Em relação à Islândia, a Bloomberg escreveu que este “é o único país a pôr altos cargos da finança atrás das grades devido à crise”. Esta semana foi a vez do Danske Bank, o maior banco dinarmaquês, ter estado no centro de um escândalo de branqueamento de capitais de origem soviética e russa no valor de 30 mil milhões de dólares.

Kaupthing Bank (Islândia)
O antigo maior banco islandês foi nacionalizado durante a crise financeira de 2008, passando a chamar-se Arion Banki. Antes do colapso operava em 13 países e era considerado a sétima maior instituição financeira nórdica em termos de capitalização de mercado. O escândalo bateu à porta quando Sigurdur Einarsson, antigo presidente, e Hreidar Mar Sigurdsson, ex-CEO, foram condenados por manipulação do mercado e fraude. A Islândia é o único país a pôr altos cargos da finança atrás das grades devido à crise, escreveu a Bloomberg, em 2016.
Handelsbanken e Nordea (Suécia)
Em março de 2017, o supervisor sueco determinou que os bancos Nordea e Handelsbanken não iriam enfrentar mais sanções pelo envolvimento no escândalo dos Panama Papers, já que estas instituições foram multadas e agiram em conformidade após a investigação. No ano anterior, a imprensa internacional noticiou que o regulador dos serviços financeiros de Nova Iorque dirigiu uma intimação aos bancos Société Générale, Credit Suisse, Deutsche Bank e a 10 outros mencionados no escândalo dos “Panama Papers”. Além destes quatro grandes bancos europeus, a lista incluia vários estabelecimentos escandinavos, como o Svenska Handelsbanken, Nordea Bank Finland e Skandinaviska Enskilda Banken.
Danske Bank (Dinamarca)
O maior banco dinarmaquês terá estado no centro de um escândalo de branqueamento de capitais de origem soviética e russa no valor de 30 mil milhões de dólares (cerca de 25.8 mil milhões de euros), notícia o Financial Times (FT). De acordo com a publicação, um investigação independente descobriu que o esquema de lavagem de dinheiro terá sido feito através de uma pequena agência do Danske Bank na Estónia. “O relatório da Promontory Financial, uma consultora, descobriu que cerca de 30 mil milhões de dólares de não-residentes da Estónia foram depositados na agência do Danske Bank em 2013”, lê-se na publicação. 2013 terá sido o ano de maior volume de transações e de ativos neste escândalo que operou entre 20017 e 2015. Em 2013, foram feitas na agência da Estónia cerca de 80.000 transações que chegaram aos 30 mil milhões de dólares. Fonte próxima do processo reconheceu tratar-se de “uma quantia enorme” de dinheiro e que a “sua circulação dificilmente não levantaria dúvidas”.
DNB Bank (Noruega)
Em 2016, o banco norueguês admitiu “que não deveria ter ajudado seus clientes a criar negócios em paraísos fiscais”. A subsidiária do DNB, DNB Luxembourg, terá ajudado cerca de 40 clientes a criarem empresas nas Seychelles, um dos principais paraísos fiscais, entre 2006 e 2010, informou o jornal norueguês, Aftenposten, após o caso Panama Papers. Após as revelações, o banco pediu desculpas e disse que os regulamentos internos “não permitiriam que ações semelhantes voltassem a ocorrer”. “É responsabilidade dos clientes informar os seus recursos às autoridades fiscais. No entanto, achamos que não deveríamos ter contribuído para o estabelecimento dessas empresas. Não porque os clientes tenham feito algo errado, mas porque as estruturas poderiam ser usadas para escapar aos impostos “, disse na altura Rune Bjerke, presidente-executivo do DNB (Jornal Económico)

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