O Danske Bank, o maior banco dinarmaquês, terá estado
no centro de um escândalo de branqueamento de capitais de origem soviética e
russa. Este é apenas um caso que já envolveu várias instituições do Norte da
Europa. No livro “Panama Papers – A História de um Escândalo Mundial”, o
jornalista de investigação alemão Frederik Obermaier, que, juntamente com
Bastian Obermayer, iniciou, e coordenou, a divulgação do caso, referiu que
“olhando para os ‘Panama Papers’, não há grandes diferenças entre os bancos
alemães, bancos dos países nórdicos ou do sul da Europa”. Ou seja, a “a
corrupção não é um problema de um país ou de uma determinada parte do mundo — é
um problema global. Foi desta forma que os bancos suecos Nordea e Handelsbanken
apareceram mencionados no escândalo dos “Panama Papers” Também o norueguês DNB
foi referido após a divulgação deste caso. Em relação à Islândia, a Bloomberg
escreveu que este “é o único país a pôr altos cargos da finança atrás das
grades devido à crise”. Esta semana foi a vez do Danske Bank, o maior banco
dinarmaquês, ter estado no centro de um escândalo de branqueamento de capitais
de origem soviética e russa no valor de 30 mil milhões de dólares.
Kaupthing Bank (Islândia)
O antigo maior banco islandês foi nacionalizado
durante a crise financeira de 2008, passando a chamar-se Arion Banki. Antes do
colapso operava em 13 países e era considerado a sétima maior instituição
financeira nórdica em termos de capitalização de mercado. O escândalo bateu à
porta quando Sigurdur Einarsson, antigo presidente, e Hreidar Mar Sigurdsson,
ex-CEO, foram condenados por manipulação do mercado e fraude. A Islândia é o
único país a pôr altos cargos da finança atrás das grades devido à crise,
escreveu a Bloomberg, em 2016.
Handelsbanken e Nordea (Suécia)
Em março de 2017, o supervisor sueco determinou que os
bancos Nordea e Handelsbanken não iriam enfrentar mais sanções pelo
envolvimento no escândalo dos Panama Papers, já que estas instituições foram
multadas e agiram em conformidade após a investigação. No ano anterior, a
imprensa internacional noticiou que o regulador dos serviços financeiros de
Nova Iorque dirigiu uma intimação aos bancos Société Générale, Credit Suisse,
Deutsche Bank e a 10 outros mencionados no escândalo dos “Panama Papers”. Além
destes quatro grandes bancos europeus, a lista incluia vários estabelecimentos
escandinavos, como o Svenska Handelsbanken, Nordea Bank Finland e Skandinaviska
Enskilda Banken.
Danske Bank (Dinamarca)
O maior banco dinarmaquês terá estado no centro de um
escândalo de branqueamento de capitais de origem soviética e russa no valor de
30 mil milhões de dólares (cerca de 25.8 mil milhões de euros), notícia o
Financial Times (FT). De acordo com a publicação, um investigação independente
descobriu que o esquema de lavagem de dinheiro terá sido feito através de uma
pequena agência do Danske Bank na Estónia. “O relatório da Promontory
Financial, uma consultora, descobriu que cerca de 30 mil milhões de dólares de
não-residentes da Estónia foram depositados na agência do Danske Bank em 2013”,
lê-se na publicação. 2013 terá sido o ano de maior volume de transações e de
ativos neste escândalo que operou entre 20017 e 2015. Em 2013, foram feitas na
agência da Estónia cerca de 80.000 transações que chegaram aos 30 mil milhões
de dólares. Fonte próxima do processo reconheceu tratar-se de “uma quantia
enorme” de dinheiro e que a “sua circulação dificilmente não levantaria
dúvidas”.
DNB Bank (Noruega)
Em 2016, o banco norueguês admitiu “que não deveria
ter ajudado seus clientes a criar negócios em paraísos fiscais”. A subsidiária
do DNB, DNB Luxembourg, terá ajudado cerca de 40 clientes a criarem empresas
nas Seychelles, um dos principais paraísos fiscais, entre 2006 e 2010, informou
o jornal norueguês, Aftenposten, após o caso Panama Papers. Após as revelações,
o banco pediu desculpas e disse que os regulamentos internos “não permitiriam
que ações semelhantes voltassem a ocorrer”. “É responsabilidade dos clientes
informar os seus recursos às autoridades fiscais. No entanto, achamos que não
deveríamos ter contribuído para o estabelecimento dessas empresas. Não porque
os clientes tenham feito algo errado, mas porque as estruturas poderiam ser
usadas para escapar aos impostos “, disse na altura Rune Bjerke,
presidente-executivo do DNB (Jornal Económico)
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