O Governo venezuelano anunciou que vai
recorrer à Organização das Nações Unidas (ONU) e outras instâncias
internacionais para denunciar o secretário-geral da Organização de Estados
Americanos (OEA), Luís Almagro, acusando-o de promover uma intervenção militar
na Venezuela. "A Venezuela denunciará, perante a ONU e
outras instâncias internacionais, Luís Almagro, que de forma vulgar e grotesca
ostenta a Secretaria-Geral da OEA por promover uma intervenção militar na nossa
pátria e atentar contra a paz da América Latina e das Caraíbas", anunciou
a vice-presidente da Venezuela, na sua conta do Twitter. Delcy Rodríguez reagia
a declarações de Luís Almagro, feitas na sexta-feira em Cúcuta, Colômbia. O
secretário-geral afirmou que não se deve descartar uma intervenção militar
contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro.
"Almagro pretende reviver
os piores expedientes de intervenções militares imperialistas na nossa região,
cuja estabilidade está seriamente ameaçada pela demencial atuação de quem
usurpa de forma desviada e abusiva a Secretaria-Geral da OEA", escreveu
numa outra mensagem. O secretário-geral da Organização de Estados Americanos
(OEA) afirmou, na sexta-feira, que não se deve descartar uma intervenção
militar contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro e insistiu na necessidade
de ajuda humanitária para os venezuelanos. "Quanto a uma intervenção
militar para derrubar o Governo de Nicolás Maduro, acho que não devemos
descartar nenhuma opção", disse Luís Almagro, acusando o regime
venezuelano de cometer "crimes contra a humanidade" e de provocar o
sofrimento da própria população. nAlmagro frisou ainda que nunca se viu
"um Governo tão imoral no mundo, que não admite ajuda humanitária" e
disse que a cidade de Cúcuta é o lugar que "melhor exemplifica as mentiras
da ditadura", insistindo na necessidade de "muitíssimos
recursos" e "esforços especiais" para ajudar dos venezuelanos.
"A comunidade internacional tem de dar
uma resposta a isto. A comunidade internacional é responsável e não pode
permitir uma ditadura na Venezuela. Uma ditadura que afeta a estabilidade de
toda a região, a partir do narcotráfico, a partir do crime organizado, a partir
da profunda crise humanitária que criou", disse. Nesse sentido, frisou
ainda que os venezuelanos são vítima de repressão: "Mas uma repressão
distinta inclusive à das demais ditaduras que temos tido no continente",
referiu (Lusa)
Sem comentários:
Enviar um comentário