O gestor
assinalou que tais operações têm feito com que a estrutura da CP comece a ficar
"gerível", mas admitiu que isso implica que não sejam acumulados
prejuízos. A empresa vai apresentar ao Governo um plano para a contratação de
88 trabalhadores, entre os quais maquinistas, inspetores e revisores, anunciou.
O Estado deverá
injetar 455 milhões de euros na CP - Comboios de Portugal este ano, para reduzir
a dívida da companhia, que deverá baixar para os 2,1 mil milhões de euros,
estimou o presidente da empresa. Já em 2019, o
Estado deverá injetar 900 milhões de euros na CP "para honrar o plano de
amortizações", estimou Carlos Nogueira."A dívida financeira da CP, em
31 de dezembro de 2016, era de 3.024 milhões de euros, mais de três mil milhões
de euros, [mas] no final de 2017 essa dívida foi reduzida em cerca de 400
milhões de euros para 2,6 mil milhões de euros", disse o presidente da companhia
ferroviária, que falava na comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras
Públicas no âmbito de um requerimento do PSD sobre a degradação do material e
do serviço prestado. O responsável
observou que esse passivo "tem vindo a ser amortizado com o reforço do
capital estatuário", isto é, do Estado.
"Este ano,
entrarão na CP - e já entrou uma parte - 455 milhões de euros", assinalou
Carlos Nogueira, estimando que a dívida seja reduzida para cerca de 2,1 mil
milhões de euros no final de 2018. "E é dívida a quem? À DGTF
[Direção-Geral do Tesouro e Finanças], ao BEI [Banco Europeu de Investimento],
ao Eurofin [fundo financeiro] e aos obrigacionistas" pelos empréstimos
concedidos, precisou.
O gestor
assinalou que tais operações têm feito com que a estrutura da CP comece a ficar
"gerível", mas admitiu que isso implica que não sejam acumulados
prejuízos.
"Este
dinheiro tem sido injetado pelo acionista, o Estado, a tempo e horas",
notou. A CP registou 54,6 milhões de euros de prejuízo no primeiro semestre,
que comparam com os 58,1 milhões de euros registados no período homólogo,
segundo informação ao mercado. No período em causa, o resultado operacional foi
negativo em 18,5 milhões de euros, valor que compara com os 18,8 milhões de
euros negativos obtidos no mesmo semestre de 2017. Por sua vez, o
passivo fixou-se em 2,878 mil milhões de euros (contra 2,875 mil milhões de
euros no final de dezembro de 2017). Na audição de hoje, Carlos Nogueira foi
também questionado sobre possíveis cativações relativas à empresa. Sobre isso,
respondeu que "quem cativa, também descativa", e salientou que
"as descativações são atempadamente realizadas" pelo Governo. Assim, isto
"não afeta a CP", insistiu. Este mês, por exemplo, foram descativados
perto de 19 milhões de euros, segundo o responsável, que falou em
"procedimentos normais" (Expresso)
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