quarta-feira, janeiro 06, 2016

BANIF: quanto é que perde a RAM em impostos? Nada está decidido quanto aos trabalhadores do BANIF na RAM

A venda do BANIF ao Santander Totta, faz com que a estrutura empresarial antes existente e que tinha sede no Funchal, seja dissolvida no final do processo de integração, já que o Santander Totta - caso venha a tomar uma outra decisão que neste momento não parece fazer sentido nem ter lógica - tem a sua sede operacional em Portugal em Lisboa. Significa isto que os impostos que o BANIF antes pagou sempre na RAM e que revertiam a favor do orçamento regional e das receitas da RAM - pelo facto de ter a sede no Funchal - deixam de poder ser consideradas pelos madeirenses. Desconheço o total de impostos pagos pelo BANIF ao longo dos anos, mas garantem-se que nos tempos em que apresentava resultados operacionais positivos, esses pagamentos anuais chegaram a ultrapassar os 100 milhões de euros!
Pessoal será afectado na RAM
É praticamente certo que cerca de 50% dos actuais 2000 trabalhadores do BANIF transitarão para o tal "veículo" criado no quadro da acelerada operação de venda do banco ao Santander, e que o seu futuro é bastante complexo. Do mesmo modo sei que o Santander ainda não decidiu o que vai acontecer na Madeira. A ideia da direcção do BTA no Funchal, em relação directa com a direcção nacional, é a de proceder ao levantamento da realidade face à situação entretanto criada, identificar pontos de colisão entre agências dos dois bancos, eventualmente redimensionar as agências do BTA onde elas existem e só depois disso tomar decisões quanto a um eventual programa de rescisões amigáveis ou mesmo de reformas antecipadas ou mesmo situações de eventual pré-reforma por acordo, que neste caso poderiam ser apoiadas pelo governo de Lisboa, dados os contornos da operação de venda conduzida pelo Banco de Portugal com a cumplicidade do anterior governo de Passos e do CDS de Portas. É contudo praticamente certo que os funcionários do Banif na Madeira não vão continuar todos até porque o BTA iniciou há uns anos uma redução de recursos humanos à escala nacional, incluindo a RAM, opção que recusa alterar, apesar da operação envolvendo o Banif. Apurei também que o BTA informou o BdP e o governo de Costa que o processo de compra do Banif não pode agravar os encargos do Santander com os recursos humanos.

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