Na sondagem da
Eurosondagem para o Expresso e a SIC relativa a fevereiro são colocadas um
conjunto de questões sobre a crise envolvendo a Grécia e a União Europeia.
Aqui, a atuação de Passos Coelho, que tem funcionado aliás como um dos
pontas-de-lança mais críticos do Syriza e de Tsipras e da sua equipa, não é
poupada. Os portugueses entendem que não só o primeiro-ministro fez mal em
classificar o programa que saiu vencedor das eleições gregas como um
"conto de crianças", como o seu posicionamento revela nesta altura
uma excessiva colagem às posições da Alemanha e da chanceler Merkel. Os
portugueses entendem que Portugal pode ter ganhos positivos da situação grega e
do que o governo grego vier a conseguir em Bruxelas. Mas também entendem que o
Governo devia cavalgar essa onda, em vez de assumir a posição crítica que está
a assumir. Ao mesmo tempo, a posição do Partido Socialista liderado por António
Costa também é analisada nesta sondagem. Os socialistas, recorde-se, começaram
por se colar à viragem política assumida pelo Syriza na Grécia, mas aos poucos
foram dando sinais de algum distanciamento. Inquiridos sobre este ponto, os
portugueses respondem que o PS de Costa ganhou claramente com a vitória da
coligação de extrema-esquerda nas eleições gregas.
FICHA TÉCNICA
Estudo de opinião
efetuado pela Eurosondagem S.A. para o Expresso e SIC, de 5 a 11 de fevereiro
de 2015. Entrevistas telefónicas, realizadas por entrevistadores selecionados e
supervisionados. O universo é a população com 18 anos ou mais, residente em
Portugal Continental e habitando lares com telefone da rede fixa. A amostra foi
estratificada por região: Norte - 20,7%; A.M. do Porto - 13,4%; Centro - 29,6%;
A.M. de Lisboa - 26,5% e sul - 9,8%, num total de 1015 entrevistas validadas.
Foram efetuadas 1267 tentativas de entrevistas e, destas, 252 (19,9%) não aceitaram
colaborar no estudo de opinião. A escolha do lar foi aleatória nas listas
telefónicas e entrevistado, em cada agregado familiar, o elemento que fez anos
há menos tempo. Desta forma aleatória resultou, em termos de sexo: feminino -
51,7%, masculino - 48,3% e no que concerne à faixa etária, dos 18 aos 30 anos -
16,7%; dos 31 aos 59 - 50,8%; com 60 anos ou mais - 32,5%. O erro máximo da
amostra é de 3,08%, para um grau de probabilidade de 95%. Um exemplar deste
estudo de opinião está depositado na Entidade Reguladora para a Comunicação
Social