Legenda
- na sequência do comentário anterior, este quadro mostra, a propósito da
coligação para as regionais na Madeira liderada pelo PS, como seria elaborada a
lista de deputados caso tivesse sido usada como referência a proporcionalidade
de cada partido, com base nos resultados das regionais de 2011.
Já
todos percebemos que a regra da representatividade efetiva de cada partido (no
parlamento) aderente da mini-coligação liderada pelo PS não foi adotada o que
explica, por exemplo, quer o PTP apenas inclua no 4º lugar da lista o seu
primeiro dos 3 candidatos que conseguiu impor ao PS na lista da coligação. Este
desfecho faz com que o PTP, apesar de tudo, possa ser considerado o primeiro
vencedor do processo negocial liderado pelo PS, rendido certamente aos pouco
mais de 10 mil votos do PTP, realidade que que Vítor Freitas obviamente
valorizou no atual contexto político-parlamentar regional. Estranhamente,
diga-se em abono da verdade. Como se verifica pelo quadro acima, a aplicação do metodo de Hondt - tendo por base os votos de cada partido - daria ao PTP o 2º, 5º e 8º lugares - com eleição assegurada - e ainda o 12º lugar que provavelmente seria também eleito. Quer isto dizer que o PS não valorizou o PTP limitando-se a garantir nos primeiros 11 lugares da lista 3 mandatos ao partido de José Manuel Coelho, sem que isso represente qualquer tipo de favor. Por exemplo, nos primeiros 30 lugares da lista (com um total de 47 efetivos), o PS teria 16 lugares contra 9 do PTP, 3 do PAN e 2 do MPT. Sublinhe-se que o PAN com base neste apuramento teria direito ao 9º lugar e que o 10ª seria do MPT. Estes dois partidos não beneficiam, portanto, de nenhum favor por parte do PS no processo negocial de elaboração dos primeiros lugares da lista da mini-coligação regional.