Garante
o Jornal I que “contratos assinados com a Siemens abrangem a inspecção dos
"motores de propulsão" e "fuel cell" do Arpão e Tridente. A
Marinha portuguesa pagou 881 009 euros na inspecção dos dois submarinos
comprados em 2004 a um consórcio alemão. Os quatro contratos publicados no
portal Base indicam que as inspecções aos "motores de propulsão" e
"fuel cell" do "Tridente" e do "Arpão" foram
adjudicadas à Siemens SA. O i tentou obter mais pormenores sobre estes ajustes
directos junto do Ministério da Defesa e da empresa germânica mas sem sucesso
até à hora de fecho desta edição. Em Agosto de 2012, o Ministério da Defesa
chegou a revelar que os custos de manutenção dos submarinos ascenderiam a sete
milhões de euros por ano. "Os estudos efectuados apontam para um custo
médio anual na ordem dos 3,5 milhões de euros por submarino", referia o
ministério num comunicado noticiado pelo jornal "Público", a
propósito de alguns problemas detectados (corrosão na escotilha e uma válvula
que necessitava de ser substituída) no "Arpão", o segundo a chegar a
Portugal em Abril de 2011. O
custo das inspecções dos polémicos submarinos foi, no entanto, apenas
ligeiramente superior ao da "reparação do motor GEM MK 1017 SN
A2142". O contrato celebrado com a Rolls Royce Brasil, empresa
especializada em aeronaves desenvolvidas para os mais diversos tipos de missão,
custou 821 527,37 euros. O Ministério da Defesa gastou ainda mais 315 096,69
euros em "sobressalentes diversos", 283 840,00 em "propinas do
simulador" e 40 mil na "reparação da câmara de infravermelhos (IR)
Sophie SN 10526 da Base de Fuzileiros". Além das despesas com os
submarinos, a Marinha comprou ainda "equipamento de comunicações portáteis
de VHF e acessórios para unidades navais e equipas de abordagem dos
fuzileiros" por 79 763 euros. Já os gastos do Estado-Maior do Exército
foram mais comedidos. As aquisições de "routers", "pistolas
H&K 9mm" e de um "serviço de transporte/rodo marítimo de um
contentor de 40, no trajecto EUA/Lisboa" bem como a reparação de
"viaturas diversas" ficaram pelo preço de 45 753,82 euros.
REPARAÇÕES
E LIMPEZA DE FOSSAS
A
análise dos contratos publicados pelos organismos ligados às forças de
segurança revela que várias instalações da Polícia de Segurança Pública (PSP)
estão a precisar de muitas reparações, sobretudo ao nível das canalizações. O
Cofre de Previdência da PSP fez três ajustes directos para reparações: uma no
"Bloco D entrada 2-2.o esquerdo, no Bairro do Cerco, no Porto", uma
"fuga de água da coluna que abastece o Bairro do Bonfim" e outra no
"desentupimento de canalização de wc no 1.o dto do Bloco 2 no Bairro do
Pontal - Portimão". Esta entidade pagou ainda o "emparedamento de
vãos exteriores" no imóvel do Bairro do Bonfim. No total, estes quatro
contratos custaram 2635 euros. Os Serviços Sociais da PSP, por seu turno,
gastaram 1 809,16 euros para reparar uma fuga de água em Vieira de Leiria, a
instalação eléctrica do Parque de Campismo de Tavira e limpar as "fossas e
caixas de visita do Bloco 2 na Ladeira de Sto António - Horta". O edifício
da divisão de trânsito da PSP na Damaia também foi objecto de uma empreitada de
remodelação, mas neste caso a obra foi paga pela Direcção-Geral de
Infra-estruturas e Equipamentos do Ministério da Administração Interna, que
custeou ainda o fornecimento de "aparelhos de ar condicionado e manutenção
do sistema de AVAC" para a mesma esquadra. As facturas totalizaram os
215,6 mil euros. A GNR também se viu obrigada a gastar dinheiro (108 990 euros)
na reparação e pintura de fachadas do edifício do comando da administração dos
recursos internos”.