quinta-feira, julho 18, 2013

Comunicação Social: Crise faz disparar audiências

Li no Sol que foram 2,6 milhões os portugueses que, esta quarta-feira, assistiram à declaração do Presidente da República na TV. Só na SIC foram mais de um milhão os espectadores que seguiram as palavras de Cavaco Silva. Números tão elevados que só se costumam verificar em jogos de futebol decisivos. Foi o culminar de vários dias em que a informação esteve em alta. No dia da demissão de Paulo Portas, a SIC Notícias fez o melhor resultado do ano, com 3,7% de share. Aliás, com a crise política a subir de tom, outros canais de informação também bateram recordes. Nos dias em que a coligação abanou, a TVI24 registou a melhor semana de 2013, com uma audiência de 2,7%. Um resultado que corresponde a uma subida de 60% em relação à média que se verificou nas quatro semanas que antecederam a agitação política iniciada com a demissão do ministro Vítor Gaspar. Segundo os dados da Marktest Audimetria, avançados pela TVI, o canal de informação de Queluz conseguiu na semana passada uma média de 30 mil indivíduos por minuto para o total do dia e de 60 mil contactos por minuto no seu horário nobre. A avidez dos portugueses por seguirem a política nacional também teve reflexos na RTP Informação. Na semana anterior à crise no Governo, o share médio do canal estava nos 0,9%. Quando a coligação abanou, subiu para os 1,3% – segundo dados da CAEM.
SOL disparou no online
No site do SOL, houve um aumento de visitas de 28%. Antes das demissões do Governo, o online do semanário registou 423.068 pageviews. Quando a crise ficou ao rubro, os pageviews dispararam para os 580.354. A procura de informação também se reflectiu nas redes sociais: a página de Facebook do SOL teve um aumento de 63% nas visualizações das notícias publicadas. Na imprensa, o líder de vendas, Correio da Manhã (CM), beneficiou igualmente deste aumento de consumo de media. Fonte oficial da Cofina – o grupo que detém o diário – adianta que o CM aumentou em 9% o número de exemplares vendidos, tendo sido terça – dia a seguir à saída de Vítor Gaspar – e quarta-feira (após o anúncio da demissão de Paulo Portas) os dias em que mais jornais se venderam. De resto, a mesma fonte confirma que a CM TV também viu as audiências subirem, «especificamente nos noticiários e nos especiais sobre a crise política».