terça-feira, outubro 23, 2012

Vem ai mais porrada: receitas fiscais caíram 4,9% até setembro!

Segundo o site da RTP, “os resultados da execução orçamental revelam uma queda de 4,9% nas receitas fiscais que entraram nos cofres do Estado, face ao mesmo período de 2011. Os dados da Direção-Geral do Orçamento para a execução orçamental apontam em termos nominais para menos 1236,8 milhões de euros, com apenas três das 11 classes de impostos a aumentarem. O relatório revela ainda que de Agosto a Setembro o défice registou um agravamento de 1,4%. Refere a execução que a receita com impostos diretos está a cair 4,3% até setembro, quando comparado com igual período de 2011, arrastados por uma queda de 20,7% nas receitas provenientes do IRC Nos primeiros sete meses o Estado arrecadou menos 829 milhões de euros em impostos pagos pelas empresas, conseguindo apenas mais 163,2 milhões de euros de receitas com IRS em igual período, um crescimento de 2,6%. A grande diferença nos impostos diretos está na rubrica "outros", que no período homólogo de 2011 registava uma receita de 46,6 milhões de euros e este ano já encaixou 264,4 milhões.
Défice orçamental nos 5568,5 milhões
O défice das administrações públicas atingiu os 5568,5 milhões de euros no final do terceiro trimestre, segundo os critérios relevantes para a troika. O boletim de execução orçamental aponta para um défice abaixo da meta de 5900 milhões de euros negociada com os credores internacionais. Para o total de 2012, o objetivo inicial para o défice era 7600 milhões de euros, valor que está em processo de renegociação. A DGO apresenta 3913 milhões de euros como o valor do défice conjunto da administração central e da Segurança Social para os primeiros nove meses de 2012. Trata-se de uma melhoria de 588 milhões de euros face ao mesmo período do ano passado, evolução que resulta de um crescimento na receita efetiva (2,4%) superior ao da despesa (aumento de 1%). Esta variação tem em conta aquilo que a DGO descreve como o "universo comparável"; as contas da administração central passaram a incluir uma série de empresas públicas que não eram englobadas no ano passado. Considerando também os saldos destas empresas, o défice da administração central e da Segurança Social nos primeiros nove meses deste ano chega aos 4.414 milhões de euros.
Mais 22,9% em subsídios de desemprego
A Segurança Social teve de gastar mais 355,2 milhões de euros - mais 22,9% - com subsídios de desemprego e apoio ao emprego até Setembro, quando comparado com o período homólogo de 2011. Refere o documento libertado pela DGO que a despesa com subsídios de desemprego e apoio ao emprego foi de 1548,9 milhões de euros nesses nove meses de 2011, passando a 1904,1 milhões este ano. De acordo com a estimativa do Orçamento Retificativo, o Governo espera gastar até final do ano mais 280,7 milhões de euros com estas prestações, para um total de 2184,8 milhões”.