JSD: o Rómulo vai avançar

Exceptuando, porventura, uma situação em concreto, em relação à qual não sabemos ainda o que vai acontecer, não me parece que o actual secretário-geral da JSD, Rómulo Coelho possa ser demovido ou fazer travar a sua candidatura. Julgo que os acontecimentos na JSD precisam de uma solução rápida, o mais rápida possível, para que a organização retome a estabilidade interna e possa assumir o papel que lhe cabe na sociedade madeirense. Longe vão os tempos da JSD a dar os primeiros passos na Rua da Carreira, na primeira sede do PSD (frente à confeitaria Lua), espaço que poucos se lembram existir. O PPD dava então os primeiros passos num percurso de combate de mais de 30 anos, obviamente não isento de erros, de dificuldades e de algumas derrotas, mas empenhado numa causa que precisa ser retomada, para que não se perca em pouco tempo, dadas as novas investidas que por aí andam ameaçadoras, o que demoramos muito tempo a conquistar.
Julgo por isso que a JSD dos novos (e nossos) tempos vai ser capaz de rapidamente resolver os desafios que hoje se lhe colocam, a começar internamente pela necessidade de rearrumar a casa e de encontrar uma nova estratégia que a leve de novo ao encontro de quem "lá fora" precisa do seu apoio, da sua intervenção e da sua defesa. Sem exageros, sem excessos, sem mediatismos excessivos que se revelam, depois, fatais. Não tenho a pretensão para moralismos, nem para paternalismos idiotas. Por isso, pragmaticamente, parece-me evidente que, pelo menos nesta fase, a solução Rómulo Coelho é aquela que reúne mais consenso interno - o que é fundamental - e aquela que poderá propiciar a coesão que uma organização desta natureza precisa. Vamos a isso.