José Manuel Rodrigues queixou-se do JM à CNE ao que me consta por causa da questão da idoneidade formativa dos jovens médicos madeirenses que iniciaram este ano o internato da especialidade. Eles sabem, de quem se trata, porque foram a Lisboa, viram cartas, etc. Eles sabem o que se passou e quem os lixou. José Manuel Rodrigues devia estar calado porque fala do que não sabe. Pouco me importa saber o que fez ou deixou de fazer Mário Pereira. O que sei é que foi parte neste processo, por tudo o que se passou então na ortopedia. Pouco me importa saber se foi autor de cartas anónimas que serviram de almofada à decisão tomada. O que posso garantir ao José Manuel Rodrigues é que a retirada da idoneidade formativa à Madeira é uma história nojenta, demasiado porca, mal contada e que para além de ajustes de contas e vinganças corporativistas por causa do diploma sobre o DCI, teve a Ortopedia como epicentro dos problemas. Aliás basta ver as declarações proferidas ao longo do processo para se perceber. O que José Manuel Rodrigues devia ter anexado ao processo são as cartas anónimas e outras não anónimas, para perceber melhor um assunto que, os recortes dos jornais com ameaças à Madeira, inclusive de retirada de certificação científica à realização de encontros internacionais, etc. Infelizmente, conheço melhor que José Manuel Rodrigues este processo. Mas há coisas que ele sabe mais e melhor do que eu. Por exemplo, o facto estranho do candidato do CDS/PP – José Manuel Rodrigues não explicar porque razão a greve da Ortopedia, sobre a qual ninguém ouvira falar, foi anunciada com 15 dias de antecedência na Assembleia Legislativa por um deputado do CDS/PP. E o médico não era ainda candidato pelo CDS/PP, como viria a ser mais tarde, deixando óbvias razões para que nos interroguemos sobre muita coisa. Se quiser junte este artigo e uma cópia do Diário da Sessão do parlamento regional e envio-os também à CNE. Mas, repito, a minha satisfação é que tenho a certeza que os cerca de 65 médicos madeirenses prejudicados por todo este processo das idoneidades formativas e suas famílias abem o que se passou – e bastou menos de um ano para as idoneidades terem sido restituídas graças ao papel do actual Bastonário da Ordem dos Médicos – sabem o que se passou, conhecem documentos, participaram em reuniões e são inteligentes. Não precisam que ninguém pense ou fale por eles. (in Jornal da Madeira)
Sem comentários:
Enviar um comentário