quarta-feira, setembro 14, 2011

Jaime Ramos: "É inconcebivel que finanças regionais sirvam de bandeira eleitoral"

Li no site da RTP que "o presidente da Associação da Industria da Construção da Madeira (ASSICOM) e dirigente do PSD/Madeira, Jaime Ramos, afirmou hoje ser "inconcebível" que as finanças regionais sirvam de bandeira política e alimentem discursos eleitoralistas na região. "Atravessamos uma conjuntura regional marcada pela influência de um ato eleitoral, mas que não pode retirar coerências às pessoas, sob pena de piorarmos ainda mais as coisas", disse Jaime Ramos no discurso de abertura de mais uma Feira da Indústria da Construção que decorre nas placas da Avenida Arriaga, no Funchal. Para Ramos, que também é secretário-geral e líder parlamentar dos social-democratas madeirenses, "uma crise, tenha ela a dimensão que tiver, tem que ser olhada também como uma oportunidade, como um conjunto de desafios que devemos enfrentar e vencer". Criticou a comunicação social, considerando ser "um instrumento fomentador da depressão coletiva" e considerou ser "muito menos concebível que as finanças regionais sirvam de bandeira política ou alimentem discursos eleitoralistas de alguns protagonistas políticos deste tempo, como se fosse obrigatório parar no tempo". Realçou que a mesma comunicação social que fala da situação da Madeira não faz tanta menção aos "mais de seis mil milhões de euros que o Estado queimou no BPN", ao caso dos "Açores devem mais de quatro mil milhões de euros e continuam a querer colocar-se à margem de uma realidade que lhes diz respeito", nem dos "municípios que devem cinco mil milhões", situação sobre a qual disse "desconhecer qualquer comentário". Jaime Ramos considerou também que "as auditorias são procedimentos normais que deveriam realizar-se mais frequentemente, garantindo um mais eficaz controlo do próprio Estado sobre a sua máquina financeira e despesa". Para este empresário, o desemprego não se combate sem crescimento económico, e este não é possível com medidas restritivas, que penalizam ainda mais as empresas, em particular as de construção civil e obras públicas, um dos setores mais afetados pelas falências "que atingiram em junho valores recorde" em Portugal. "O Governo da República terá urgentemente de encontrar com a banca soluções para o desbloqueio dos financiamentos as empresas e aos particulares, sob pena de nada servir este esforço de todos", defendeu. "Na Madeira vem-se assistindo a um ataque feroz de empresas do Continente que não cumprem e não querem cumprir com os deveres legais", denunciou Jaime Ramos, apontando que estas não pagam os impostos na região e contribuem para o desemprego de trabalhadores madeirenses, pagando ainda salários abaixo da tabela em vigor na região. Aludiu também a "um grupo de empresas do Continente, sem escrúpulos, que apresentam preços abaixo da base, irreais, fazendo `dumping` só com o objetivo de obter obras e depois não as concluírem". A cerimónia contou com a presença do presidente do Governo Regional da Madeira. A FIC, a maior feira da indústria de construção da Madeira, conta com a participação de 57 empresas, distribuídas por 61 pavilhões"

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