"Quem é quem na rede? Quem 'twitta' e quem 'posta'? Um estudo divulgado por uma empresa de marketing interactivo levanta o véu sobre a identidade dos utilizadores do Facebook e do Twitter, as duas redes sociais que dominam o ciberespaço. No Facebook há mais jovens e no Twitter há mais ricos. Os utilizadores da rede de Mark Zuckerberg são mais fiéis, mas os fãs do "passarinho azul" escrevem mais. Clivagens etárias e sociais à parte, os valores absolutos não deixam margem para dúvidas. A rede social criada em 2004 por Mark Zuckerberg agrega 500 milhões de utilizadores, ao passo que o Twitter, fundado em 2006 por Jack Dorsey, Evan Williams e Biz Stone, conta com 106 milhões de cibernautas registados. Podem ser menos, mas têm mais formação académica: 76% dos utilizadores do Twitter têm um curso superior e/ou frequentam a universidade, valor que desce para os 50% no Facebook. A idade média na rede social, cujo símbolo é um pássaro azul (to tweet, em inglês, significa piar), é também mais elevada: cerca de 30% situam-se entre os 26 e os 34 anos, ao passo que 29% dos 500 milhões de facebookers têm entre 18 e 25 anos. A uma média de idades mais elevada corresponde também um rendimento anual mais avultado. Embora com uma margem curta, os utilizadores do Twitter são mais ricos, estando mais de metade (56%) situados nos rendimentos anuais entre os 19 500 e os 76 000 euros, contra os 54% do Facebook.
Interacção
Estando ainda longe do domínio mundial (o Facebook e o Twitter são sites constantemente bloqueados em países como o Irão ou a China), este fenónemo de agregação global de utilizadores está a mudar a forma como os seres humanos se relacionam, alterando, por efeito de contágio, os media e o mercado publicitário. Ainda, segundo o estudo divulgado pela Digital Surgeons, dos 500 milhões utilizadores do Facebook, 41% frequentam diariamente a rede social, valor esse que diminiu para os 27% no caso do Twitter. Apesar de mais fiéis, os facebookers são menos interventivos - apenas 12% actualizam diariamente a sua página, contra uns expressivos 52% do Twitter. Nuno Santos, que no domingo criou uma segunda página de Facebook, dedicada às suas funções enquanto director de programas da SIC, explicou as razões que o levaram a criar uma nova conta. "Acho importante haver essa distinção. Tentarei dar aqui uma maior resposta às necessidades, uma vez que o Facebook é um instrumento profissional cada vez mais forte." O responsável da estação de Carnaxide afirmou que quando as redes sociais surgiram aderiu às duas, mas o Facebook acabou por levar a melhor. "É mais completo." José Manuel Fernandes maximizou as funções do Facebook e do Twitter, tendo as duas contas interligadas. Com duas páginas no Facebook e uma no Twitter, o jornalista garante que "as redes sociais não se anulam, são complementares". "O Twitter é mais utilizado por profissionais da área da comunicação, o Facebook é mais amigável, permite uma maior interacção", afirmou o antigo director do jornal Público” (pela jornalista Raquel Costa do DN de Lisboa, com as devida vénia)
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