Segundo o Correio dos Açores, "o secretário regional da Saúde, Miguel Correia, disse ontem ter sido alcançado um acordo entre os médicos psiquiatras e a administração do Hospital de Ponta Delgada que permite assistência na Urgência durante 24 horas por dia. “A situação já foi ultrapassada na sequência do diálogo da nova administração (do hospital) com os psiquiatras”, afirmou Miguel Correia em declarações aos jornalistas, no final da cerimónia de apresentação da nova presidente do Conselho de Administração e da nova directora clínica do Hospital de Ponta Delgada, em S. Miguel. O ‘Correio dos Açores’ apurou que o acordo não foi fácil e ficou concluído após aturadas conversações entre a nova administração, direcção clínica e médicos psiquiatras. Mediante o entendimento, uma parte das 12 horas de presença física dos médicos foi transformada em horas de prevenção. O mesmo entendimento poderá estender-se à oncologia. O problema surgiu na sequência de uma decisão do governo regional que impôs um corte entre as 24:00 e as 08:00 em quatro especialidades médicas, incluindo psiquiatria, o que fez com que os médicos desta especialidade deixassem de assegurar todas as prevenções hospitalares fora do horário normal. Miguel Correia garantiu ter sido possível assegurar as prevenções de psiquiatria “dentro do horário que estava estabelecido, não ficando dias a descoberto”. Sobre este assunto, a nova directora clínica do Hospital de Ponta Delgada, Margarida Moura, confirmou a realização de “uma semana de negociações com o Serviço de Psiquiatria que permitiu alcançar um consenso dentro do Conselho de Administração, sem pôr em causa a portaria do governo”. “Trata-se de uma solução temporária porque em Março o hospital vai contar com mais dois psiquiatras, dois internos do hospital”, acrescentou. Relativamente à providência cautelar interposta pela Ordem dos Médicos/Açores contra os cortes nas prevenções médicas, o secretário regional da Saúde disse ontem aos jornalistas aguardar a decisão do tribunal, mas frisou que não pretende alterar “para já a portaria que está emitida”. Na intervenção que proferiu na cerimónia de apresentação dos novos responsáveis do Hospital de Ponta Delgada, Miguel Correia já tinha afirmado que “o plano de contenção de custos e as medidas consequentes continuam a ser uma prioridade, mais em 2011 do que foram em 2010”. Questionada pelos jornalistas sobre esta providência cautelar, a nova presidente do Conselho de Administração do Hospital de Ponta Delgada, Margarida França, afirmou “encarar o processo com naturalidade”.
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