terça-feira, janeiro 18, 2011

2,5 milhões recebem menos de 900 euros mensais

Garante a jornalista do Correio da Manhã, Diana Ramos que “no final do terceiro trimestre do ano passado, quase metade da população activa portuguesa recebia um salário líquido inferior a 900 euros. O número ilustra os encargos das entidades patronais com o rendimento dos seus trabalhadores, numa altura em que Governo e parceiros sociais vão analisar a redução do valor das indemnizações nos contratos novos e nos antigos, tema que irá a discussão na reunião da concertação social de amanhã. Segundo um estudo do economista Eugénio Rosa, elaborado com base em dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), dos 5 587 300 trabalhadores no activo, 2,532 milhões auferem um salário líquido mensal abaixo dos 900 euros. Por escalões de rendimentos, o estudo conclui que 1,109 milhões de trabalhadores por conta de outrem recebem mensalmente entre 600 e 900 euros, e outros 1,302 milhões auferem entre 310 e 600 euros líquidos de salário. A situação é ainda mais grave para 120,6 mil funcionários que recebem menos de 310 euros. Nos escalões mais elevados, só 492,3 mil assalariados têm um rendimento superior a 1200 euros. E, destes, só 155 mil recebem mais de 1800 euros.
EM LISBOA GANHA-SE MAIS 18% QUE A MÉDIA NACIONAL
No final do terceiro trimestre de 2010, o salário médio em Portugal situava-se nos 777 euros, segundo dados do INE citados no estudo do economista Eugénio Rosa. Lisboa era a região do País com maior índice salarial. Pelo contrário, o Centro registava a média salarial mais baixa do País. Os número mostram que a capital registava um salário médio líquido nominal superior em 18% à média nacional, ou seja, o equivalente a 935 euros."Na região Norte, era inferior ao salário médio nacional em 6,4%", totalizando os 716 euros, relata o economista. Uma das principais zonas castigadas é a região Centro, com média de 677 euros mensais (10,2% abaixo da média nacional). No Alentejo, o valor médio é de 741 euros e nos Açores não ultrapassa os 715"

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