O PSD desconfia que pode existir uma concertação entre Cavaco Silva e o ministro Teixeira dos Santos - que tem vindo a acentuar a pressão sobre o PSD - para obrigarem os social-democratas a viabilizarem o orçamento e a anunciá-lo antes do documento ser entregue na Assembleia da República. De acordo com o que sei, Passos Coelho e os seus colaboradores mais directos começam a estar fartos destas pressões e já decidiram que nem Cavaco Silva, que normalmente utiliza na comunicação social pessoas próximas ou tenta alargar as pressões a deputados do PSD - como surpreendentemente aconteceu esta semana com Ferreira Leite (que esteve sempre calada para aparecer agora a dizer asneiras) e Pacheco Pereira - nem o ministro Santos influenciarão a decisão que o partido tomará. E há já a decisão interna entre os social-democratas de reforçar o braço-de-ferro, a partir deste fim-de-semana, para ver qual a resposta do governo socialista. Caso contrário a decisão está tomada: o PSD vota contra o Orçamento e está-se borrifando para o que possam dizer, depois disso. Seja Cavaco, seja Sócrates, seja o PS, seja o governo socialista ou os "penduras" cavaquistas que ainda se encontram no PSD e o tentam minar, facto que está ligado também às presidenciais de Janeiro de 2011.
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