Justiça..."pacificada"!
Basta vermos a primeira página de hoje do semanário Sol para percebermos que a justiça está... "pacificada". Mas se alergarmos ao campo de análise ao Correio da Manhã, as coisas complicam-se. Isto porque segundo o jornalista deste jornal, Eduardo Dâmaso, "o Serious Fraud Office (SFO), organização policial inglesa de combate ao crime económico que investigou o caso Freeport, confirmou às autoridades portugueses a falsificação de um documento interno em que é atribuído aos procuradores Vitor Magalhães e Paes Faria uma relação de desconfiança com a directora do Departamento de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Cândida Almeida. Nesse documento, que tinha o cabeçalho do SFO mas um conteúdo falso, era ainda afirmado que os dois procuradores contestavam a presença de Cândida Almeida na reunião realizada em Haia, em 2008, e que o tinham dito aos polícias ingleses presentes na reunião. O SFO realizou uma investigação interna à autenticidade do documento e veio agora confirmar a Cândida Almeida e aos dois procuradores portugueses tratar-se de um documento falso. Contactado pelo CM o procurador do DCIAP Vitor Magalhães confirmou a recepção de um ofício do SFO em que é sublinhada a falsificação do documento, reproduzido pelo DN numa das edições do passado mês de Agosto". Já o semanário Sol garante que "a Directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Cândida Almeida, num oficio enviado ao procurador-geral da República, Pinto Monteiro, defende o trabalho dos magistrados que investigaram o caso Freeport e os dos submarinos – e lembra que o seu lugar como directora e o destes magistrados estão sempre à disposição do PGR, avança a edição do SOL esta sexta-feira. No ofício, Cândida descreve exaustivamente o extenso trabalho feito por esses magistrados naqueles processos – a quem, apesar disso, o PGR decidiu realizar inquéritos internos.Segundo soube o SOL, Cândida salienta a especial complexidade dos factos investigados e a mediatização a que, em ambos os casos, os respectivos magistrados estiveram sujeitos. E explica que o tipo de investigação em causa (que, tanto no Freeport como nos submarinos, visa políticos e negócios de milhões) está habitualmente sujeita a grandes pressões externas. Sobretudo, salienta, a tentativas de descredibilização, nomeadamente das equipas que a dirigem – escreveu, numa referência às notícias e aos rumores sobre a vida pessoal dos magistrados ligados àqueles inquéritos.Trata-se, diz ainda, de um fenómeno conhecido, que até está estudado internacionalmente. Para a procuradora, estas tentativas de descredibilização culminaram, recentemente, com a divulgação de um documento falsificado das autoridades inglesas, situação que deverá dar origem a um inquérito-crime".
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