quinta-feira, setembro 09, 2010

Filhos e enteados?

Surpreendeu-me a “confusão” – mais uma – tentada à volta de um assunto que ainda por cima não creio que funcione como mais-valia a favor dos “protestantes”. Ressalvo que o PSD da Madeira tem as suas jornadas parlamentares marcadas há muito para o final deste mês na sua sede em Machico. Que eu saiba nunca a Assembleia Legislativa foi palco de jornadas parlamentares – o que não impede que sobre esta matéria possam ser tomadas outras decisões. E compreende-se, diga-se em abono da verdade. Este “tique” apressado dos partidos para darem às pessoas uma ideia de “poupança” é tudo uma treta, pois continuam a receber mensalmente as verbas que a lei orgânica estabelece - que eu saiba ninguém recusou receber ou pediu qualquer redução dos montantes a que têm direito. As instalações da Penteada estão de facto arrendadas, pelas razões conhecidas, mas isso não significa que fique mais barato realizar seja o que for por causa disso. O caricato – e não sei o que dirá o Tribunal de Contas a estas espertezas saloios, tenham elas lugar onde tiverem – é que temos partidos a receberem verbas públicas como decorrência dos encargos com a sua actividade parlamentar (e as Jornadas Parlamentares são actividade parlamentar) mas pelos vistos, usando instalações dos próprios parlamentos e obrigando estes a disponibilizar pessoal (porque as instalações não funcionam em “piloto automático” como a selecção de Madail), acabam por "meter mais ao bolso" porque gastam menos. Portanto - e este comentário é a título pessoal, um direito que me assiste como dirigente do PSD, do qual não abdico e como dirigente do PSD-Madeira - e não me pronunciando sobre a decisão do parlamento hoje noticiada (fosse qual fosse por razões éticas respeitá-la-ia sempre e recusava tecer qualquer comentário), não percebo como é que se pode falar em “poupança” por parte não percebo de quem. Da Assembleia? Como, as transferências de verbas legalmente estabelecidas, continuam a ser mensalmente feitas para os partidos? Do erário público? Não percebo. Quanto muito ganham os partidos porque recorrendo a esse mecanismo, poupam mais dinheiro e gastam menos. Vamos a ver se começamos a ter um comportamento dignificante, em vez se insistir em transformar em "caso" todas as pequenas coisas, ainda por cima aquelas que não funcionam a favor de quem as despoleta na comunicação social. Esperando que a proximidade de eleições regionais, ainda bem distantes, não afectem até pessoas que eu julgavam não serem capazes de alinhar ou de recorrer a estes absurdos expedientes.

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