Eu não critico o deputado e ex-jornalista José Manuel Rodrigues - de quem sou amigo há muitos anos - pela estratégia adoptada – para mim errada e despropositada - no “caso do JM” ou “caso da queixa do DN do Funchal” junto da Assembleia da República, na medida em que ele sabe, melhor que ninguém, que não vai resolver coisa nenhuma por esta via. Mas ele sabe também que precisa de ganhar mediatismo para conseguir que o CDS/PP mantenha o seu deputado em Lisboa eleito em 2009 graças à queda abrupta do PS. Aliás o deputado JMR fez o mesmo quando apareceu como porta-voz do CDS/PP para os assuntos da educação quando desconhecia que ele era o único especialista nessa área. Obviamente que olhando para o estado em que se encontra o sector, para a conflitualidade permanente, para as contradições para os avanços e recuos, acaba por ser uma boa opção que certamente lhe dá o mediatismo que outros deputados, por exemplo os do PSD e do PS locais, obviamente incomodados não têm. Mas não vou também discutir questões relacionadas com a questão comunicacional que se faz dos cargos e das obrigações que os parlamentares têm neste domínio. Acho aliás um absurdo que este assunto incomode seja quem for. Basta que façam o mesmo. Reconheço que um profissional da comunicação social tem uma dupla vantagem que aceito sem, discussão: por um lado sabe melhor que os outros como se posicionar e como se movimentar; em segundo lugar, temos que dizê-lo, e é um direito que assiste aos profissionais, o sentimento corporativista acaba por privilegiar protagonistas saídos da comunicação social. Até acho bem que assim seja. O que importa referir – e insisto nesta questão – é que não será nunca por esta via que se encontra uma solução que eu acho desejável, nem a Assembleia da República, propriamente, tem jurisprudência qualquer nesta matéria. Em terceiro lugar, é bom que se comece a falar muito claro: as empresas jornalísticas madeirenses estão todas, repito, todas, tecnicamente em situação de falência técnica, pelo que as medidas que uma situação destas exige, não podem ter nada a ver com determinados campeonatos de protagonismos mediáticos.
Li atentamente o artigo do José Manuel Rodrigues hoje no diário Cidade. Mas o que evidente – e não sou o único a falar disso - é que esta aposta de JMR, de ir a reboque dos factos, ou de os despoletar, como reclama, ao menos garante destaque mediático nos jornais que outros deputados não têm. Duvidam? Deixo dois exemplos (do passado fim-de-semana) que ajudam a perceber. Curiosamente, não deixa de ser hilariante que o PS local tenha acordado (tarde) para esta questão e que nos últimos dias tenha dado exemplos – para alem de determinadas opções publicitarias eticamente altamente discutíveis na perspectiva dos meios de comunicação – de que quer fazer exactamente o mesmo que JMR.
Li atentamente o artigo do José Manuel Rodrigues hoje no diário Cidade. Mas o que evidente – e não sou o único a falar disso - é que esta aposta de JMR, de ir a reboque dos factos, ou de os despoletar, como reclama, ao menos garante destaque mediático nos jornais que outros deputados não têm. Duvidam? Deixo dois exemplos (do passado fim-de-semana) que ajudam a perceber. Curiosamente, não deixa de ser hilariante que o PS local tenha acordado (tarde) para esta questão e que nos últimos dias tenha dado exemplos – para alem de determinadas opções publicitarias eticamente altamente discutíveis na perspectiva dos meios de comunicação – de que quer fazer exactamente o mesmo que JMR.
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