sábado, julho 24, 2010

Factos, coerência, não deambulações

Li no DN do Funchal que Miguel Albuquerque, presidente da Câmara Municipal do Funchal, “demarcou-se da posição do PSD-Madeira ao afirmar-se de acordo com a proposta de revisão constitucional apresentada por Pedro Passos Coelho”. "Sou uma pessoa que pensa pela minha cabeça e sempre defendi que o Estado Social deve ser reformado no sentido de o manter", justificou assim o facto da sua posição ser distinta da maioria social-democrata regional. O edil elogiou a coragem e o espírito reformista que Passos Coelho traça para o País. Albuquerque disse ainda que defende a extinção do cargo de representante da República, sem estar em causa a figura de Monteiro Diniz, o que não é nenhuma novidade. O problema não é debater a reforma do Estado social pensando na sua sobrevivência, porque quanto a isso acho que ninguém de bom senso acredita que a situação se vai manter. O problema não é também andar a discutir porque uns criticam e os motivos porque outros apaparicam ou aplaudem, mais ou menos freneticamente, resta saber também se lendo o documento. O problema está em saber se o PSD da Madeira prescinde de um documento aprovado pelo parlamento regional, da iniciativa dos social-democratas, o que a acontecer transforma a política numa palhaçada, em que políticos e partidos avançam com propostas e depois delas prescindem por causa das “regras” impostas por um grupo de alegados iluminados de pacotilha O que temos de discutir é isso, princípios e coerência na política. Não estamos a saber quem está a favor ou contra seja quem for, porque a seu tempo discutiremos tudo isso. Aliás, até acho que o PSD nacional deve manter mais algum tempo, um ano ou mais, este comportamento”exemplar” de querer ser carne, peixe e coisa nenhuma, ao mesmo tempo, para que possamos discutir a realidade partidária abertamente, a seu tempo e com factos, não com palavreado e platonismo.

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