
1974

· Criado o CDS, Partido do Centro Democrático Social (19 de Julho) que vai ter o seu primeiro comício em 20 de Agosto, em Vila Nova de Famalicão. Juventude Centrista é criada em 31 de Agosto.
· PPD apoia Spínola, considerando que o discurso constitui um solene aviso e uma advertência contra totalitarismos reaccionários e revolucionários. No mesmo sentido, o CDS.
· I Congresso do PPD, com aprovação do programa e dos estatutos (dias 24 e 25 de Novembro). Sá Carneiro visita os Estados Unidos da América, acompanhado por Balsemão, Rui Machete, Ernâni Lopes e Conceição Monteiro (Dezembro). Sá Carneiro apresenta demissão da liderança do PPD, em carta dirigida a Rui Machete, depois de ver Jorge Sá Borges ser designado como responsável pela implantação do partido (29 de Dezembro).
1975

· Sá Carneiro abandona Portugal e vai para Londres, a fim de receber tratamento: Apenas vem votar a Portugal no dia 25 de Abril, sendo sujeito a nova intervenção cirúrgica nos princípios de Maio (29 de Março).
· Eleição da Assembleia Constituinte (25 de Abril). 6.321.372 eleitores e 5.711.829 votantes. PS: 116 mandatos, 37, 87%, PPD: 81 mandatos, 26,39%, CDS: 16 mandatos, 7,61%, PCP: 30 mandatos, 12,46%. MDP: 5 mandatos, 4,14%, UDP: 1 mandato, 0,79% e ADIM: 1 mandato.
· Emídio Guerreiro no PPD - novo secretário-geral do PPD. Sá Carneiro, que chega a Lisboa no dia 24, para assistir ao Conselho Nacional, instalando-se em casa de Rui Machete, segue logo depois para Londres e antes de regressar a Portugal, passa a residir em Espanha, nos arredores de Torremolinos, onde vai recuperar. Guerreiro vence as candidaturas de Magalhães Mota e Mota Pinto (25 de Maio).
· II Congresso do PPD em Aveiro (6 a 8 de Dezembro). Saem do partido Emídio Guerreiro, Mota Pinto, Carlos Macedo, José Augusto Seabra, Júlio Castro Caldas, José Ferreira Júnior, Jorge Sá Borges, Vasco Graça Moura, Miguel Veiga e Alexandre Bettencourt. Segundo um participante afecto à linha mota-pintista, aquele congresso tinha a exaltação de um comício e a devoção de uma procissão... ali havia dedo da Católica. No dia 11, vinte e um deputados dissidentes do PPD decidem constituir-se em grupo parlamentar independente liderado por Mota Pinto.
1976

· Sá Carneiro apoia Eanes. Sá Carneiro declara-se disposto a apoiar candidatura de Ramalho Eanes à presidência. Tudo nasce inesperadamente numa reunião da direcção do PPD, quando, depois de se estudarem os perfis de vários candidatos, como Pires Veloso, Silva Cardoso e Firmino Miguel, Marcelo Rebelo de Sousa traz a notícia dos socialistas irem apresentar a candidatura de Eanes. Sá Carneiro decide antecipar-se e utilizar o factor-surpresa (24 de Fevereiro de 1976).
· Eleição para a Assembleia da República (25 de Abril) 6.402.035 eleitores e 5.483.461 votantes: PS: 107 mandatos, 35%, PPD: 73 mandatos, 24%, CDS: 42 mandatos, 16%, PCP: 40 mandatos, 14% e UDP: 1 mandato, 1,7%.
· O PPD aparece marcado pelo modelo resultante do Congresso de Aveiro de Dezembro de 1975, quando abandonam o partido uma série de quadros que invocam uma retinta via social-democrata para a construção do socialismo, dos quais se destacam Emídio Guerreiro, Mota Pinto e Júlio Castro Caldas.
1977

· Listas afectas à JSD vencem eleições académicas no Porto, Coimbra e Lisboa (28 de Fevereiro).
1977

· Listas afectas à JSD vencem eleições académicas no Porto, Coimbra e Lisboa (28 de Fevereiro).
· PPD passa a PSD. IV Congresso do PPD em Leiria (30, 31 de Outubro e 1 de Novembro) decide nova denominação do partido que passa a designar-se PSD (1 de Novembro).
· A procura da Convergência Democrática. Reunião do PPD e do CDS, tendo em vista o estabelecimento de uma maioria estável. CDS havia proposto em 5 de Maio uma convergência democrática entre os partidos integrantes da maioria presidencial. PSD e o CDS assinam acordo de cooperação parlamentar (1 de Junho). Sá Carneiro demite-se de Presidente do PSD; propusera a eleição de um novo Presidente da República (7 de Novembro).
1978


· PS e CDS assinam acordo político de incidência governamental e Ramalho Eanes convida oficialmente Mário Soares para formar governo (19 de Janeiro)
· Sá Carneiro contra Eanes – Sai no Jornal Novo um artigo de Francisco Sá Carneiro onde o general é acusado de ter impedido a formação de um governo de salvação nacional (18 de Janeiro). O artigo não é publicado no jornal do partido, Povo Livre, por oposição da directora, Helena Roseta. A Presidência da República emite uma nota onde declara que Eanes aceitou governo, com base num acordo PS/CDS.
· V Congresso do PSD (dias 28 e 29 de Janeiro), no Porto. António Sousa Franco na liderança, depois de Sá Carneiro recusar o cargo de presidente da comissão política e renunciar ao mandato de deputado. Sérvulo Correia é o novo secretário-geral. Pouco antes, o novo líder dera uma entrevista onde dividia o partido entre uma ala rural, liderada por Sá Carneiro, e uma ala urbana, que seria mais moderada e verdadeiramente social-democrata, próxima das posições de Helmut Schmidt. Por outras palavras, o coerente militante católico, sinceramente social-democrata, que chegou a ponderar a hipótese de fazer parte do círculo de fundadores do CDS, quando colaborava com Basílio Horta, e que será ministro de Pintassilgo e Guterres, antes de falecer em Junho de 2004, em plena campanha de candidatura a deputado europeu pelo PS, mantém certa perspectiva de uma burguesia de memória cabralista, sempre temendo de uma revolta nortenha e ruralista, susceptível de manipulação pelos fantasmas de uma miguelismo populista. Isto é, católicos ou maçons, quando mantêm o preconceito dos filhos da grande burguesia da capital continuam a ter a ilusão de educarem as selvagens massas populares do Centro e Norte do país que, infelizmente, já não podem emigrar e até passaram a ter direito de voto.
· Posse da Comissão Consultiva das Regiões Autónomas, presidida por Almeida Costa. Eanes considera que a autonomia regional não dará lugar a novos Estados dentro do Estado (14 de Março).
· Alberto João Jardim passa a presidir ao Governo Regional da Madeira (31 de Março).
· Sá Carneiro contra Ramalho Eanes – Novo ataque de Sá Carneiro a Ramalho Eanes, numa entrevista à RDP. Diz que não voltará à política activa com esta Constituição e este Presidente, considerando-se um político retirado (3 de Abril). Voto de protesto na Assembleia da República contra os ataques ao General Eanes, apoiado pelo PS, CDS e PCP (6 de Abril). José Luís Nunes dá entrevista ao Diário de Notícias onde declara a solidariedade do PS a Eanes, considerando que o partido o apoiará em próxima candidatura (7 de Abril). Conselho da Revolução emite um comunicado criticando a escalada anti-Presidente da República e qualificando-a como terrorismo verbal (21 de Abril). Freitas do Amaral, em Setúbal, defende Ramalho Eanes (23 de Abril). Novo discurso crítico de Eanes face à actividade do Governo (25 de Abril). Sá Carneiro volta a criticar Eanes e demite-se na Comissão Política, depois de acusar o general-presidente como responsável pelo impasse nacional.
· Conselho Nacional do PSD reúne-se em Lisboa. A comissão política tinha-se demitido dias antes, depois de Francisco Sá Carneiro ter participado numa sessão de militantes no Vimeiro, promovida por Moura Guedes. Aí o líder retirado insiste em atacar directamente Eanes, falando na necessidade de um referendo. Da reunião do Conselho Nacional sai uma nova comissão administrativa do partido, agora com a liderança de Menéres Pimentel, tendo em vista a convocatória de um novo congresso (15 de Abril).
· VI Congresso do PSD em Lisboa (dia 1 e 2 de Julho). Regresso de Sá Carneiro à liderança. O grupo das Opções Inadiáveis mantém a maioria do grupo parlamentar. Nas eleições para o Conselho Nacional, os sá-carneiristas consegue 21 lugares contra 9 da oposição, liderada por Francisco Pinto Balsemão e Ferreira Júnior. Sob a alçada de Sá Carneiro, regressa ao partido Carlos Macedo, dissidente de Aveiro, e entram como militantes, entre outros, Natália Correia , Dórdio Guimarães e Luís Fontoura.
· Sá Carneiro advoga um governo de salvação nacional com exclusão dos comunistas, depois de audiência em Belém (17 de Julho). Na Madeira, repete críticas ao presidente numa conferência de imprensa (23 de Julho).
1979

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