quarta-feira, maio 28, 2008

Tectos e liberalização...

Hoje fiquei ainda mais confuso. Então em que ficamos? O empresário madeirense João Welsh, ligado ao sector das agências de viagens e conhecedor da realidade aérea no que à Madeira diz respeito, deu hoje claramente a entender, no Jornal da Madeira, que o "tecto máximo não compromete" contrariando a ideia defendida por Conceição Estudante: "O delegado na Madeira da APAVT interpreta o voto de protesto unânime dos deputados da Assembleia Legislativa da Madeira não propriamente contra a liberalização, que diz ser um anseio de todos os madeirenses, mas pelo facto do governo da República «não ter seguido a recomendação do grupo de trabalho, que era uma liberalização contratualizada, avançando antes para uma liberalização sem regras».Especificando, João Welsh recorda que, basicamente, as recomendações do grupo de trabalho, do qual fez parte, eram três, de grande importância.Uma tinha a ver com o tecto das tarifas para os residentes, para a garantia do princípio da continuidade territorial. Outra visava a existência de um plano de voos de um ano por parte das companhias que pretendessem entrar na rota. E, finalmente, a terceira, a obrigação dessas mesmas companhias darem um pré-aviso de seis meses sempre que quisessem deixar a rota.Mas «entenderam por bem avançar sem acautelar estas recomendações, apesar do grupo de trabalho ter sido explícito, no relatório, que, se caminhássemos por um modelo que não as tivesse em linha de conta, correríamos riscos», diz, a propósito, acrescentando que «acabamos por estar perante uma situação que está a penalizar muito os madeirenses». O que, em seu entender, não será resolvido com mais concorrência. Admite que, nessa circunstância, haverão menos madeirenses penalizados, mas «continuarão sempre a existir residentes a pagar valores elevados». Posso pedir uma coisa? Deixem de insistir na teoria de que as pessoas confundem liberalização com tarifas de residentes e de estudantes. Porque também ninguém está a introduzir nesta questão saber se esta liberalização serve ou não a hotelaria local, tal como não queremos saber a reboque de quem foi ela feita. Pode ser!

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