PSD: Isto vai ser lindo!
Fiquei a saber pela leitura de um take da agência Lusa que o ex-ministro Mira Amaral e o candidato à liderança do PSD, Passos Coelho criticam política financeira de Ferreira Leite, considerando que não reduziu a despesa e não reformou a Administração Pública. Durante um debate sobre economia na sede de candidatura de Passos Coelho, em Lisboa, Mira Amaral disse que "os governos PSD/PP nada mudaram em relação aos anteriores governos de Guterres" e mostraram "total incapacidade de fazer a reforma da Administração Pública, que nem sequer foi enunciada". "Estes senhores [o actual Governo do PS] pelo menos enunciaram-na", acrescentou. Mira Amaral criticou a operação de venda de créditos do Estado feita por Manuela Ferreira Leite para ter um défice inferior a 3% em 2003, defendendo que "isso devia ter sido um empréstimo e não uma receita" inscrita no orçamento porque onerou os orçamentos futuros. De acordo com o ex-ministro do Trabalho e da Indústria de Cavaco Silva, o que se fez foi "contabilidade criativa" e "martelar os défices". Mira Amaral disse ainda que a situação do País "não se transforma com a visão contabilística": "Se pegarmos num responsável empresarial só porque é sério ou porque tem ar de mau e o transformarmos" em presidente executivo ou presidente do conselho de administração "o que é acontece? Daqui a um ano está falida", ilustrou. "Eu explico nas minhas aulas a diferença entre contabilidade e estratégia. O problema da Administração Pública não se resolve com regras contabilísticas e é um erro que tem havido aqui nesta matéria das finanças", concluiu o economista. Manuela Ferreira Leite, adversária de Pedro Passos Coelho nas eleições directas para a liderança do PSD, foi ministra das Finanças entre 2002 e 2004, no executivo PSD/CDS-PP chefiado por Durão Barroso. Não me perguntem porquê, mas é evidente que a continuar tudo por este caminho vamos chegar Às d”directas” e ter um PSD esfrangalhado, os militantes a se meterem debaixo da mesa envergonhados com tudo o que se vai passar e borrifando-se para as urnas e um líder eleito com que legitimidade?
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