Itália: Berlusconi prepara os italianos para "tempos difíceis"
Escreve o jornalista do Publico, 17.04.2008, Jorge Almeida Fernandes que "o Cavaliere continua a corrigir a sua imagem de "pregador de milagres". Em Roma, prepara-se a segunda volta das eleições municipais, vital para o PD. Haverá medidas "impopulares", anunciou ontem Silvio Berlusconi, no fim da primeira cimeira com os aliados após a sua vitória nas legislativas. Rompendo com o discurso de "milagres" que o caracterizava, o Cavaliere antecipou "tempos difíceis", em que "as reformas necessárias terão também conteúdos de impopularidade". Confirmou como prioridades imediatas a resolução das crises da Alitalia e do lixo de Nápoles, cidade em que simbolicamente realizará o seu primeiro Conselho de Ministros.A conferência reuniu Berlusconi e Gianfranco Fini, as duas figuras cimeiras do partido Povo da Liberdade (PdL), Umberto Bossi, da Liga Norte, e Raffaele Lombardo, do Movimento para a Autonomia (Sicília). O futuro primeiro-ministro recusou-se a confirmar os nomes avançados pela imprensa e por ele próprio, como o do comissário europeu Franco Frattini, que deverá ocupar os Negócios Estrangeiros. Terá de apresentar previamente a lista ao Presidente da República, argumentou. Confirmou ter em mente um gabinete restrito, de doze ministros, entre eles quatro mulheres. Não excluiu o "modelo Sarkozy", o de ir buscar personalidades ao centro-esquerda.Batalha em RomaA Liga Norte, adversário das transferências financeiras para o Sul, saiu fortalecida das eleições. Bossi garantiu que "o federalismo fiscal será realizado". Berlusconi pôs água na fervura, assegurando que "se tratará de um federalismo solidário e que nenhuma região será penalizada".Na esteira de Sarkozy, defendeu mudanças no Banco Central Europeu, que não se deve limitar ao controlo da inflação. Reafirmou a solidariedade com o Líbano, mas também a revisão das regras de envolvimento do contingente italiano da força multinacional". Entretanto é este o novo mapa político da Itália que levou Berlusconi de regresso ao poder
Escreve o jornalista do Publico, 17.04.2008, Jorge Almeida Fernandes que "o Cavaliere continua a corrigir a sua imagem de "pregador de milagres". Em Roma, prepara-se a segunda volta das eleições municipais, vital para o PD. Haverá medidas "impopulares", anunciou ontem Silvio Berlusconi, no fim da primeira cimeira com os aliados após a sua vitória nas legislativas. Rompendo com o discurso de "milagres" que o caracterizava, o Cavaliere antecipou "tempos difíceis", em que "as reformas necessárias terão também conteúdos de impopularidade". Confirmou como prioridades imediatas a resolução das crises da Alitalia e do lixo de Nápoles, cidade em que simbolicamente realizará o seu primeiro Conselho de Ministros.A conferência reuniu Berlusconi e Gianfranco Fini, as duas figuras cimeiras do partido Povo da Liberdade (PdL), Umberto Bossi, da Liga Norte, e Raffaele Lombardo, do Movimento para a Autonomia (Sicília). O futuro primeiro-ministro recusou-se a confirmar os nomes avançados pela imprensa e por ele próprio, como o do comissário europeu Franco Frattini, que deverá ocupar os Negócios Estrangeiros. Terá de apresentar previamente a lista ao Presidente da República, argumentou. Confirmou ter em mente um gabinete restrito, de doze ministros, entre eles quatro mulheres. Não excluiu o "modelo Sarkozy", o de ir buscar personalidades ao centro-esquerda.Batalha em RomaA Liga Norte, adversário das transferências financeiras para o Sul, saiu fortalecida das eleições. Bossi garantiu que "o federalismo fiscal será realizado". Berlusconi pôs água na fervura, assegurando que "se tratará de um federalismo solidário e que nenhuma região será penalizada".Na esteira de Sarkozy, defendeu mudanças no Banco Central Europeu, que não se deve limitar ao controlo da inflação. Reafirmou a solidariedade com o Líbano, mas também a revisão das regras de envolvimento do contingente italiano da força multinacional". Entretanto é este o novo mapa político da Itália que levou Berlusconi de regresso ao poder
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