Com este título anuncia hoje o Publico, num texto do jornalista Sérgio Aníbal, que "a Comissão encarregue de calcular o valor do défice público português em 2007 ainda não decidiu como será feita a contabilização das injecções de capital realizadas pelo Estado em dez hospitais, sendo esta uma das operações que ainda podem mudar o resultado final a ser entregue, em Bruxelas, ao gabinete de estatísticas europeu.Durante o ano passado, o Governo voltou a apostar na transformação de vários hospitais em Entidades Públicas Empresariais (EPE). Para o fazer, teve também de realizar dotações de capital estatutário, que ascenderam, no total, a 150 milhões de euros, cerca de 0,1 por cento do PIB português.O Governo pretende, como aconteceu no passado, que estas injecções não sejam classificadas nas contas públicas como transferências de capital, já que dessa forma conseguirá evitar um impacto ao nível do défice público e apresentar um resultado orçamental mais positivo em 2007. No entanto, a comissão liderada pelo Instituto Nacional de Estatística - e formada também pelo Banco de Portugal e Direcção-Geral do Orçamento - tem ainda de avaliar se estão reunidas todas as condições para que as dotações feitas pelo Estado possam realmente ficar fora do cálculo do défice. De acordo com as regras contabilísticas europeias, isto só pode acontecer se se considerar que o Estado está a agir como um accionista privado e se não houver dúvidas quanto à possibilidade de o projecto empresarial ser lucrativo".
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