quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Portos

Não assisti ao debate parlamentar sobre os portos porque não me parecia que dali pudesse resultar fosse o que fosse - apesar da importância e da pertinência do assunto - e porque já percebi que o Governo Regional está reconhecidamente incomodado com a situação e que anda estudar eventuais alternativas (resta saber quais). Retive, curiosamente, uma citação de Leonel Nunes de um meu artigo de 2001, escrito no "JM", sobre esta temática, e que tem que ser contextualizada - se a frase consta do meu artigo, foi isso que eu escrevi, é isso que eu mantenho hoje, sete anos depois e estou-me nas tintas para os que se mexem incomodados nas cadeiras. Mas retive sobretudo o que o DN do Funchal revelou ontem. Por um lado que "Conceição Estudante quis reservar o anúncio das suas primeiras grandes medidas no sector para o 'seu timing político', mas o DIÁRIO apurou que os estudos e o trabalho de casa estão feitos e que a governante tem preparadas medidas que vão suscitar muita polémica", o que é natural e deve ser assim, porque nenhum membro do governo pode ir a reboque da agenda mediática da oposição. Depois quando se referiu a "um corte com Santos Costa e com os últimos 20 anos de política marítimo-portuária. É esta a principal leitura da recusa de Conceição Estudante em comentar o que foi feito nesta área, nos governos anteriores".
Há uma coisa, finalmente, que retive deste debate, quer pelas informações que me foram dadas, quer pela leitura da comunicação social - e que nada tem a ver nem com o que cada um pensa do estilo de Baltasar Aguiar, da tonalidade da sua oratória, do seu discurso, da sua agressividade ou contundência. É que o deputado do PND, autor do pedido de debate, surgiu em plenário preparado e documentado (inclusivé com documentos fornecidos pela entidade portuária local, a seu pedido), no seguimento aliás do texto do próprio requerimento a solicitar o debate.

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