Não
sou do Marítimo mas incomoda-me o que ser passa, no plano desportivo, com o
clube madeirense. Por isso, perante novas notícias hoje publicadas na imprensa,
acho que é fundamental a Rui Fontes, de quem sou amigo, pugnar, caso concorde,
por duas prioridades: por um lado, rever a política de comunicação que no caso
do Marítimo me parece algo desastrosa, porque demasiado institucionalizada. Em,
segundo lugar o Rui tem que pegar o "boi pelos cornos" e transmitir
aos sócios uma outra imagem do Presidente do clube, de alguém que controla a
situação, que vai ao encontro da equipa, que fala olhos-nos-olhos aos jogadores
e técnicos, quando for necessário, um Presidente que está empenhado em resolver
o problema do Marítimo que continua sem nenhum ponto conquistado. Uma certa
ideia de fragilidade presidencial - pelo menos é essa a minha opinião, mas
admito que esteja errada - a par de uma comunicação que tem que sair dos
limites institucionais e se "popularizar" - como outros clubes fazem
- é essencial. Como sou dos "antigos" olho para o futebol
profissional - e não quero abordar a questão da SAD por que no caso do Marítimo
continuo sem perceber a sua utilidade, salvo se é obrigatória essa opção (julgo
que não é) ou se existe a intenção a médio prazo, de abrir a instituição a
accionistas privados - para as suas
virtudes e limitações, comparando com passado recente. Nesse contexto, acho que
a figura de um secretário-geral no clube - não confundir com o director
desportivo limitado à equipa de futebol, poderia ser uma boa solução. Mas
repito, não sendo sócio, nem simpatizante do Marítimo, mas madeirense que acha
que o nosso futebol tem que ir muito mais além do que um sobe-e-desce ou lutar
apenas pela sobrevivência (o Gil Vicente foi esta época a uma prova europeia,
será que é mais do que o Marítimo?) - nenhum dos casos é uma mais-valia para a RAM,
digam o que disserem - gostaria que dessemos rapidamente a volta a deixássemos
de ser o primeiro, de baixo para cima. E nestes tempos de crise, de incerteza,
de medo e de ansiedade das pessoas, o "maior das ilhas" tem
responsabilidade acrescida, a de pelo menos manter os egos dos seus bem
elevados e não acentuar um ambiente algo depressivo que se aproxima. Ora nem
isso sucede, infelizmente, com este último lugar e zero pontos em 7 jogos
realizados. Claro que o ambiente pior fica quando vemos comentadores - e eu vi
e ouvi - dizerem que o CSM é o primeiro candidato à descida, que não joga nada
e que não tem um plantel de qualidade. Isso foi repetidamente afirmado nas
televisões após a goleada na Luz. (LFM)
sexta-feira, setembro 23, 2022
Nota: como vai ser Marítimo?
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário