E o que explica este aumento, apesar de existirem menos trabalhadores nos gabinetes dos governantes? Uma atualização dos salários. Praticamente todas as categorias profissionais tiveram uma subida de 0,9%, em linha com o que foi aplicado para a Função Pública no início de 2022. Em causa estão valores brutos, antes de impostos e contribuições sociais. Nas contas acima apresentadas, que se referem apenas a salários, não entram os auferidos por António Costa, ministros e secretários de Estado.
Costa não foge à tendência
Se no anterior Governo cada gabinete tinha uma média de 16 trabalhadores, esse número é agora de 17,8 pessoas. E nem António Costa foge à tendência: se no Governo anterior, o gabinete do primeiro-ministro tinha 41 pessoas, tem agora mais oito, um aumento que pode ser explicado pela acumulação de pastas, nomeadamente nos Assuntos Europeus. Alegando um princípio de transparência, o Governo criou uma plataforma onde reúne todas as nomeações. Mas, passados quase cinco meses após ter iniciado funções, nem todas as nomeações estão introduzidas neste portal. Ao longo dos últimos meses, a CNN Portugal foi insistindo com a informação, sendo remetida para o Diário da República, onde essa publicação é obrigatória.
Contudo, após esses pedidos, a plataforma foi sendo gradualmente atualizada. No momento da escrita deste artigo, o secretário de Estado do Tesouro, o Secretário de Estado do Ambiente da Energia e o secretário de Estado do Mar não tinham publicado esses dados. Os dois primeiros cederam à CNN Portugal a composição dos respetivos gabinetes, o terceiro confirmou apenas os números que tiveram de ser recolhidos em Diário da República. O atual Governo é composto pelo primeiro-ministro, 17 ministros (menos dois do que antes) e 38 secretários de Estado (menos 12 do que a anterior equipa governativa) (CNN-Portugal, texto do jornalista Wilson Ledo)
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