O Indicador Regional de Atividade Económica (IRAE) revela que, no mês de junho de 2022, a atividade económica regional mantém-se em crescimento, embora de forma menos pronunciada do que no mês anterior. Como a DREM referiu na primeira divulgação do IRAE, em outubro de 2017, o objetivo do mesmo é “sinalizar o comportamento da atividade económica, nomeadamente no que se refere à sua direção e magnitude das flutuações: se esta se encontra em terreno positivo ou negativo, as acelerações, desacelerações e a identificação de pontos de viragem”. O seu valor quantitativo, assume por isso uma importância secundária, não se apresentando o mesmo como um substituto da variação real do Produto Interno Bruto, a ser apurada com um conjunto mais variado e completo de informação estatística, muito embora haja uma forte correlação entre as duas variáveis.
A DREM dá continuidade à breve análise dos principais indicadores de curto prazo, iniciada na divulgação de dezembro de 2021. De sublinhar que muitos dos indicadores, referentes a junho de 2022, mostram uma desaceleração no crescimento, que se deve, naturalmente, à progressiva normalização na atividade económica verificada no período homólogo.
Atividade Económica
Conforme acima referido, em junho de
2022, a atividade económica regional manteve a trajetória positiva de
crescimento, embora de forma menos expressiva do que no mês anterior.
A recuperação do setor do turismo deu
um importante contributo para aquele desempenho, já que as dormidas (excluindo
o alojamento local abaixo das 10 camas) subiram 290,5% nesse mês.
A emissão de energia elétrica – um
indicador associado à evolução da atividade económica – ainda que em
crescimento, +10,6%, desacelerou em relação ao mês anterior. No mesmo sentido,
está o consumo de gasóleo, que, em junho de 2022, cresceu 7,4%, abaixo dos
13,3% registados em maio anterior.
Analisando o rácio das sociedades
constituídas e dissolvidas, verifica-se que, em junho de 2022, por cada
sociedade dissolvida na Região foram criadas 2,4 novas sociedades, acima do
verificado no mês anterior (1,8).
Consumo Privado
Um dos indicadores reveladores da
evolução do consumo privado são as operações da rede SIBS com cartões emitidos
por bancos nacionais. Observando os montantes dos levantamentos e compras, com
cartões nacionais, através de terminais de pagamento automático (TPA),
verifica-se um crescimento robusto de 15,2%, em junho de 2022, mas a um nível
ligeiramente inferior ao do mês precedente (+16,1%).
A introdução no consumo de gasolina
também desacelerou no mês em referência, registando uma variação homóloga de
14,6% (+25,5% em maio último).
Por sua vez, em junho de 2022, as
vendas de automóveis novos ligeiros de passageiros cresceram 45,5%, variação
inferior à do mês precedente (+56,1%).
Investimento
Os indicadores disponíveis para o
domínio do investimento estão, em junho de 2022, todos em crescimento: o
licenciamento de edifícios (+39,8%), a avaliação bancária de habitação (+9,7%),
as vendas de cimento (+9,2%) e os empréstimos para habitação (+3,8%).
Procura Externa
Embora o comércio com o estrangeiro
seja apenas uma pequena fatia do comércio global que a Região efetua (a maior
parte do qual com o Continente), é de assinalar que, quer a exportação
(+40,8%), quer a importação de bens (+32,7%) apresentam a mesma tendência que o
movimento de mercadorias nos portos (+16,6%), indicador mais abrangente no que
respeita à dinâmica do comércio com o exterior. Nos restantes indicadores,
observa-se que o crescimento no movimento de passageiros nos aeroportos
(+250,6%) está em linha com os levantamentos e compras, com cartões
internacionais, através de terminais de pagamento automático (TPA), +163,0%, em
junho de 2022 (+193,9% no mês anterior).
Mercado de Trabalho
Os dados provenientes dos organismos
que tutelam a área do Emprego no País e na Região mostram, em junho de 2022, um
crescimento das ofertas de emprego (+44,0%) e uma diminuição, tanto nos pedidos
de emprego (-20,9%), como nos desempregados inscritos (-20,7%).
Preços
Em junho de 2022, a taxa de inflação homóloga acelerou, atingindo os 8,8%, sendo mais pronunciada nos bens (+9,9%) que nos serviços (+7,0%). A inflação subjacente (que exclui os produtos alimentares não transformados e energéticos) fixou-se em 7,1% (DREM)
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