O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, rejeitou a ideia de que a TAP “açambarcou” os slots (faixas horárias para descolagem e aterragem) no aeroporto de Lisboa. “As companhias aéreas não açambarcam slots que depois não usam”, disse Pedro Nuno Santos na audição na Assembleia da República no âmbito da apreciação na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para este ano, explicando que essas companhias têm de cumprir regras internacionais que, em caso de não serem cumpridas, podem levar a que percam as faixas horárias, nomeadamente em caso de não utilizarem os slots.
Em resposta a questões dos deputados, Pedro Nuno Santos afastou divergências com o seu colega das Finanças, Fernando Medina, no que respeita ao futuro da companhia aérea: “Eu já tinha dito que a TAP só é viável integrada dentro de um grande grupo de aviação”. Quanto aos prejuízos assumidos pela TAP com o encerramento da operação de manutenção do Brasil, o ministro disse que isso aconteceu porque até agora “ninguém teve a coragem de fechar” a TAP Manutenção Engenharia Brasil. Esses prejuízos foram resultado de uma "decisão corajosa" tomada pelo Governo, defendeu Pedro Nuno Santos.
Respondendo a críticas dos deputados de que a presença da TAP nos aeroportos de Faro e Porto é residual ou baixa, o ministro explicou que companhias como a TAP têm como estratégia a manutenção de um hub - neste caso a partir de Lisboa - e que ainda assim a TAP tem uma grande presença no Porto, ligando a cidade durante todo o ano ao outro lado do Atlântico, ao Brasil e aos EUA. “Não podemos voltar a ter políticos a dizer para onde a TAP deve voar”, disse Pedro Nuno Santos (Expresso, texto do jornalista Pedro Lima)
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