segunda-feira, maio 30, 2022

Ministro russo dos Negócios Estrangeiros nega que Putin esteja doente


O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, desmentiu esta segunda-feira as notícias que têm sido difundidas, nomeadamente pelas secretas militares ucranianas, relativamente ao alegado estado de saúde debilitado do presidente Vladimir Putin. Em entrevista ao canal televisivo francês TF1, Sergei Lavrov defendeu que o presidente russo, Vladimir Putin, aparece regularmente em público e que “qualquer pessoa sã” não verá qualquer sinal de doença. “Vocês podem vê-lo na televisão, ler ou ouvir os seus discursos”, disse Lavrov. "Não acho que qualquer pessoa sã consiga ver nesta pessoa sinais de algum tipo de doença ou enfermidade", acrescentou.

Nas últimas semanas tem havido uma crescente especulação de que Vladimir Putin, que completa 70 anos em outubro, possa estar a sofrer de problemas de saúde, possivelmente cancro. Ainda este mês, o chefe dos serviços secretos militares da Ucrânia, Kyrylo Budanov, afirmou que o presidente russo está “muito doente”. “Podemos confirmar que o presidente Putin está muito mal, física e psicologicamente”, disse Budanov em entrevista à Sky News, acrescentando que Putin “tem várias doenças graves”, nomeadamente cancro. Fontes da inteligência britânica também revelaram aos meios de comunicação, na semana passada, que Putin estava gravemente doente e a revista New Lines também teve acesso a um áudio de um oligarca próximo do Kremlin que afirma que o presidente russo está “muito doente com cancro no sangue”. Esta segunda-feira, o jornal britânico The Indepent também cita um funcionário do Serviço Federal de Segurança da Federação Russa (FSB) que alega que Putin tem “uma forma grave de cancro” e “não tem mais do que dois ou três anos de vida”.

Nenhuma destas informações foi, no entanto, confirmada até agora. A entrevista de Lavrov ao canal francês surge numa altura em que a Rússia continua a avançar na região do Donbass, na Ucrânia. A “libertação” do Donbass é uma “prioridade incondicional para Moscovo”, disse Lavrov.

"A libertação das regiões de Donetsk e Lugansk, reconhecidas pela Federação Russa como estados independentes, é uma prioridade incondicional", disse Lavrov, segundo um texto divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia. Sobre os restantes territórios ucranianos, Lavrov defendeu que devem decidir o seu futuro por conta própria. “Eu não acredito que eles ficarão felizes por regressar à autoridade de um regime neonazi que provou ser russófono. Essas pessoas devem decidir por si mesmas", afirmou. Questionado sobre o número de mortos do lado ucraniano, Lavrov reiterou que os soldados russos estão "sob ordens estritas para evitarem ataques à infraestrutura civil".

"Sim, estão a morrer pessoas. Mas a operação está a demorar muito, principalmente porque os soldados russos estão sob ordens estritas para evitar categoricamente ataques à infraestrutura civil”, argumentou o ministro russo dos Negócios Estrangeiros. Em entrevista ao canal TF1, Lavrov reiterou as alegações de Moscovo de que a “operação militar especial” em curso tem como objetivo desmilitarizar o país vizinho e libertá-lo do “regime neonazi” (RTP)

Sem comentários: