“Os pilotos consideram que a Proposta agora apresentada constitui, uma vez mais, um ataque feroz aos pilotos TAP, tendo sido rejeitada, após votação, com 98,87% de votos contra dos quase 900 pilotos participantes na Assembleia de Empresa”, informa o SPAC em comunicado. O Acordo de Emergência negociado em 2021 com os pilotos, e que implicou um corte salarial que começou nos 50% no primeiro ano, termina no final de 2024, ano em que regressam as condições do Acordo de Empresa, já sem cortes. A TAP pretende desde já negociar uma nova proposta, oferecendo em troca um corte menor nos salários.
Segundo noticiou a agência Lusa, a transportadora aérea propôs passar a redução salarial em vigor este ano de 45% para 25%, igualando-a à maioria dos restantes trabalhadores da empresa. Em contrapartida, pretende uma diminuição das folgas e uma flexibilidade nos horários dos pilotos.
No comunicado, o SPAC assinala que “os pilotos teriam de ceder folgas em meses críticos, trabalho suplementar pago em condições muitíssimo inferiores às de 2019, reduzir o descanso subsequente a voos altamente disruptivos, de longo curso, e aumentar a flexibilidade operacional, entre outras”.
“A TAP propõe ainda a redução do número de dias de folga após voos de longo curso, voos esses tipicamente realizados total ou parcialmente durante a noite e cruzando múltiplos fusos horários, provocando disrupção nos ritmos biológicos e fadiga crónica”, acrescenta.
“Desta clara contradição, e pela ofensa à dignidade coletiva, os pilotos rejeitaram por quase unanimidade a Proposta, e não pretendem realizar trabalho em dias de folga ou férias enquanto a TAP mantiver as contradições existentes”, afirma a estrutura sindical (ECO digital, texto do jornalista André Veríssimo)
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