terça-feira, maio 10, 2022

Pandemia teve “impacto muito negativo no desempenho económico” das empresas públicas, conclui CFP

O Conselho das Finanças públicas divulgou uma nota de imprensa sobre o Sector Empresarial do Estado no período de 2019-2020, analisando as 143 empresas que constituem o Sector Empresarial do Estado (SEE), especialmente as 88 empresas não financeiras. Segundo o relatório, a participação social nestas 143 entidades totalizava os 30,986 milhões de euros em 2020, um valor que equivale a 15,5% do PIB de Portugal e que ficou 1,7 pontos percentuais acima do valor de 2019.

O setor contava com 158.958 funcionários a desempenhar funções no final de 2020, um aumento de 3,5% face a 2019, que representaram 22,1% do emprego público e 3,4% do emprego em termos nacionais. O valor acrescentado bruto (VAB) destas entidades foi prejudicado pela pandemia da Covid-19, que “teve um impacto muito negativo no desempenho económico”. O VAB contribuiu com 3,1% para o PIB e 3,6% para o VAB nacional. No que toca às empresas não financeiras, existiam 144.714 profissionais ao serviço em 2020, um aumento de 4,5% face a 2019, mas o volume de negócios registou uma quebra de 9,3 mil euros face a 2019. A criação de VAB também recuou 38,5% para 4,7 mil milhões de euros, também refletindo os efeitos da Covid-19. Em termos globais, o ativo deste setor empresarial subiu 621,5 milhões de euros face a 2019, para 59,4 mil milhões em 2020, enquanto o passivo aumentou 1,2 mil milhões de euros, passando para 56,2 mil milhões de euros em 2020 e deteriorando de forma acentuada o capital próprio das empresas. O Conselho das Finanças públicas concluiu que essa deterioração “reflete os resultados negativos do exercício de 2020, os quais absorveram boa parte das entradas de capital realizadas pelo Estado nesse ano” (Executive Digest, texto da jornalista Mariana da Silva Godinho)

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