terça-feira, abril 20, 2021

Sondagem: 77% dos portugueses querem voltar ao trabalho presencial. 59% dizem que terá mais oportunidades depois de receber a vacina

 

Maior vontade em regressar ao local de trabalho, confiança nas vacinas e um maior otimismo sobre novas oportunidades de trabalho no final do ano, estas são algumas das principais conclusões do primeiro Workmonitor 2021 da Randstad.

Segundo a pesquisa, 77% dos trabalhadores que estão a trabalhar remotamente em Portugal querem regressar ao local de trabalho. Uma tendência que se mantém no mundo (78%) e também na Europa (77%). Como principal motivo para o facto de ser difícil trabalhar a partir de casa, os portugueses apontam a saudade da interação com os colegas (61%). Também a dificuldade em manter o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional e referida por 39% dos inquiridos, bem como o facto de se sentirem sozinhos ou isolados (29%). São ainda sugeridas como razões, o facto de as crianças estarem em casa e requerem atenção (24%) e a ligação à internet não ser estável (18%).

Vacinas aumentam a confiança no local de trabalho

59% dos portugueses consideram que terão mais oportunidades de emprego depois de vacinados. Um valor que desce na média europeia para os 49% e a nível global está nos 56%. Os países com menos confiança nesta relação entre a vacina e o trabalho são a França (34%), o Luxemburgo (34%) e a Suíça (35%) e em sentido contrário a India (86%), China (80%) e o Brasil (77%).

A confiança no local de trabalho é também reforçada quando os outros forem vacinados (55% Portugal, 48% Europa e 53% Global). Quanto a preferir continuar a trabalhar de casa até a vacina ser amplamente administrada, 59% dos portugueses estão de acordo, um valor semelhante ao Global (51%) mas que está acima da média europeia (45%).

Para os portugueses, se a vacina estivesse disponível, 85% estariam dispostos a tomar para continuarem a trabalhar (71% Europa e 75% Global).

Máscara é a principal dificuldade no local de trabalho

A pesquisa mostra ainda que os portugueses que continuaram ou regressaram ao local de trabalho referem que a principal dificuldade é ter que usar máscara durante o trabalho, seguida do medo de ficarem infetados.

Cerca de 65% dos inquiridos apontam como principal dificuldade «ter que usar máscara o tempo todo (62% Europa, 58% Global). Já 59% sentem-se continuamente em risco de contaminação (40% Europa, 42% Global) e 28% dizem que a carga de trabalho aumentou porque muitos colegas estão doentes ou em quarentena, o que representa também uma agravante.

Há ainda 27% dos portugueses que consideram difícil manter o equilíbrio entre vida pessoal e profissional e 15%, que apontam como dificuldade a necessidade de fornecer documentação para justificar o trabalho fora de casa.

Em relação à produtividade os portugueses diferenciam-se dos resultados globais e mesmo da Europa ao considerar que foi afetada de forma negativa porque estão com o stress de poderem ficar contaminados (51% Portugal, 32% Europa, 33% Global) (Executive Digest, texto da jornalista Simone Silva)

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