Nos últimos 20 anos, Portugal perdeu mais de metade dos seus jornais e revistas — uma redução de 60% no número de publicações periódicas no país. Em 2002 existiam 2.107 publicações registadas, mas esse número caiu para apenas 840 em 2022, segundo estudo da Marktest com base em dados do INE. Esta queda reflete uma profunda transformação no setor dos media português, marcada pela crise da imprensa tradicional, pela migração de leitores para o digital e pela crescente dificuldade dos órgãos de comunicação social em manter modelos de negócio sustentáveis. A redução drástica do número de publicações tem impacto direto na pluralidade informativa, na diversidade de conteúdos regionais e locais e no escrutínio democrático, sobretudo fora dos grandes centros urbanos. Portugal segue, assim, uma tendência global de redução da imprensa escrita, mas com uma dimensão particularmente acentuada, o que levanta questões sobre o futuro do jornalismo independente e de proximidade no país (Mais Liberdade, Mais Factos)
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