terça-feira, abril 21, 2020

Nota: espaço ao que tem sido feito no social


Muito sinceramente acho que é tempo na Madeira de darmos voz e mais protagonismo à Secretaria Regional da Inclusão Social e Cidadania e à sua titular, Augusta Aguiar, porque é um departamento governamental de fundamental importância neste contexto e que tem vindo a ganhar cada vez mais protagonismo e importância, dados os problemas sociais graves que esta pandemia tem causado.
Precisamos dar visibilidade e maior informação ao papel de bastidores que aquela Secretaria Regional realiza, num momento de forte pressão social e onde todos os dias são conhecidas dificuldades sociais que exigem a intervenção que tem sido feita de forma eficaz e célere. De entre essas medidas tuteladas pela SRISC recordo que lhe cabe a gestão e acompanhamento dos lares dos idosos, a concessão dos apoios sociais, no quadro da segurança social e do Desemprego, as relações com instituições privadas vocacionadas para o apoio aos mais necessitados e que enfrentam hoje dificuldades crescentes, todas essas medidas tem sido inventariadas, estudadas e executadas sem grande estardalhaço, sem mediatismo obsessivos.
Há milhares de pessoas a precisar do apoio, desde medidas de âmbito social a medidas resultantes das restrições laborais em vigor, há casos de desemprego encapotado, há dificuldades limitativas com a fiscalização por razões facilmente perceptíveis, há quedas de rendimentos, há necessidades familiares crescentes incluindo eventuais sinais de pobreza ou de aumento das pessoas no limiar dessa pobreza, há idosos confinados nas suas casas a precisarem de apoios, há apoios da banca que tardam a chegar às empresas e às pessoas, pelo que há famílias que lutam entre o cumprimento das suas obrigações  com a banca e a satisfação das necessidades do seu agregado familiar, etc.
É neste quadro que recomendo que a Secretaria Regional da Inclusão Social e de Cidadania tenha o seu espaço, nem que seja uma vez por semana, para dar a conhecer o que faz, as medidas aprovadas, a sua eficácia em termos de execução, os apoios extraordinários aprovados e execução dos mesmos, a inventariação no terreno que tem sido feita, o problema do lay-off na RAM, o quadro do desemprego e perspectivas estatísticas existentes, o papel das instituições privadas de solidariedade social, questões relacionadas com o apoio domiciliário, as necessidades socais mais sentidas, os recursos financeiros canalizadas para as diferentes frentes de acção, os procedimentos adoptados para responder a esse aumento da pressão social, etc.
Julgo que estes são também tempos em que a SRISC deve ter uma maior presença pública em vez de trabalhar de forma discreta e no recato.
O problema desta pandemia não é só um problema de saúde pública. Esta pandemia é também um problema económico e social, numa altura em que se fala mais na retoma do que propriamente no resto. Porque as pessoas começam a perceber que é insustentável, para todos, manter por muito mais tempo uma situação de confinamento imposta em nome da cautela num país que vê os números de casos e de mortos subirem todos os dias (LFM)

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