O novo coronavírus não está só a ter impacto
na saúde e no quotidiano do país. Também veio alterar as prioridades
financeiras de 78% dos portugueses, conclui um novo estudo do banco digital
N26. As preocupações com a sua saúde (55%) e a dos entes queridos (47%) são,
ainda assim, prioritárias no nosso país, seguidas pelas preocupações com a
família (46%) e financeiras (38%) e ainda a segurança do emprego (26%). No entanto, a maior parte dos inquiridos
portugueses (33%) admite não estar a poupar mais do que antes desta crise.
Aqueles que dizem estar a poupar mais dinheiro neste momento, conseguem deixar
de lado à volta de 146 euros por mês. «Todos vemos o impacto que o vírus
COVID-19 tem tido na nossa rotina do quotidiano, mas talvez seja menos óbvio o
enorme impacto que tem tido, também, nas nossas finanças quotidianas», começa
por apontar Sarunas Legeckas, general manager, greater Europe da N26, citado em
comunicado.
Acrescenta, assim, que este estudo «demonstra claramente o stress e
as preocupações financeiras trazidas por esta pandemia global, e como os
portugueses mudaram não apenas a sua forma de viver, mas também de realizar
operações financeiras, em resultado». Por outro lado, 85% dos inquiridos
afirmou ter alterado o tipo de compras que faz mensalmente. O supermercado
continua em primeiro lugar, mas os gastos com refeições fora de casa e
aquisição de roupa, anteriormente em segundo e terceiro lugares, são agora
substituídos por serviços de streaming/subscrições e refeições take-away
respectivamente.
Os portugueses não alteraram apenas os gastos
que fazem, mas também a forma como escolhem utilizar o seu dinheiro: 49% dos
inquiridos afirma que, de agora em diante, optará pelos pagamentos contactless,
enquanto outros 25% admitem que, «provavelmente», também o farão. Este estudo
foi realizado junto de 10 mil adultos na Europa e nos Estados Unidos. A nível
global, segundo um balanço da “Agence France-Press”, a pandemia da Covid-19 já
provocou mais de 181 mil mortos e infectou mais de 2,6 milhões de pessoas em
193 países e territórios. Mais de 593.500 doentes foram considerados curados.
Portugal conta já com 21.982 casos confirmados
de infecção pelo novo coronavírus e 785 óbitos, segundo o boletim
epidemiológico da Direção Geral da Saúde desta quarta-feira, dia 22 de Abril. O
Governo decretou o estado de emergência a 19 de Março, que já foi prorrogado
duas vezes, estando previsto agora o seu fim a 2 de Maio. O diploma prevê a
possibilidade de uma «abertura gradual, faseada ou alternada de serviços,
empresas ou estabelecimentos comerciais».
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