Eu não sei se é comum - bem vistas as coisas até sou o otário nesta história - mas uma coisa é decidirem estas coisas, no quadro legal existente, outra coisa é, depois da pressão mediática em torno de um tema claramente tóxico e incómodo, ninguém dar explicações. Afinal estão à espera que cheguem as campanhas eleitorais para que as pessoas comecem a falar disto? Porque razão no momento próprio não se assumem as decisões e as explicamos quando é sabido que as resoluções terão que ser publicadas no Jornal Oficial? Há coisas que me fazem uma confusão na cabeça. Mas o burro devo ser eu. Eu sei que alguns partidos, graças a certas novas amizades e ligações, provavelmente tirarão o assunto da agenda. Mas duvidam que serão confrontados por outros sobre isto e que a opinião pública vai desconfiar e não vai aceitar que não lhe seja dada uma explicação? Porque não falar claro às pessoas, no tempo próprio? Caramba, custa muito?
Eu não alinho na histeria doentia contra o grupo privado em causa porque recuso engrossar a fileira da inveja ou da maledicência. Não tenho nada, mesmo nada, contra os empresários do grupo em causa. Estou a falar apenas numa lógica e numa perspectiva de comunicação, de pragmatismo político versus comunicação política, de acesso à informação, de transparência nas decisões tomadas aos olhos das pessoas que apenas querem entender as coisas. Falo de antecipação em vez de penosamente irem a depois a reboque dos acontecimentos. Será que falei chinês? Não acham que o próprio aspecto gráfico do título da notícia - legítimo porque os critérios editoriais dizem respeito apenas aos jornais quando confrontados com os factos - me dá razão? (LFM)
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