quinta-feira, fevereiro 28, 2019

Diplomata venezuelano em Lisboa reconhece Juan Guaidó como presidente

Através de um vídeo que está a ser partilhado nas redes sociais por venezuelanos apoiantes de Guiadó, Víctor Liendo-Muñoz, segundo secretário da embaixada, assume que apoia o autoproclamado presidente da Venezuela Juan Guaidó e pede que sigam o seu exemplo. Um dos diplomatas que representam a Venezuela em Portugal reconheceu esta quarta-feira Juan Guaidó como "único e legítimo chefe de Estado da Venezuela". Víctor Liendo-Muñoz é segundo secretário da embaixada, está em Portugal há uma década, foi nomeado pelo ex-presidente Hugo Chávez e apela, num vídeo gravado à frente de uma bandeira da Venezuela que já está a circular nas redes sociais, a que outros diplomatas e funcionários públicos sigam o seu exemplo na "recuperação da liberdade, da democracia e do Estado de direito". "Diplomatas e funcionários da administração pública, membros das forças de segurança e das forças armadas: os nosso cargos estão ao serviço do Estado para proteger o povo. Vamos cumprir o nosso dever colocando-nos do lado certo da história", diz Víctor Liendo-Muñoz.

Ainda não é certo o que irá acontecer ao diplomata porque, apesar de Juan Guaidó ter nomeado, a 19 deste mês, um novo embaixador para Lisboa, José Rafael Cots Malavé Dasilva, o processo de substituição ainda está em fase inicial. Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros, disse no final de uma reunião do conselho de ministros poucos dias depois desse anúncio que a decisão envolve vários governantes, de um e de outro lado. "Aguardamos que a assembleia nacional venezuelana, querendo, nos comunique formalmente a decisão que terá tomado para a examinarmos então à luz do direito internacional e também da nossa própria posição", disse o ministro.
Nos últimos dias têm feito notícia as várias deserções de militares venezuelanos para se declararem apoiantes de Guaidó. Muitos deles saíram aproveitando a situação nas fronteiras da Venezuela com o Brasil e a Colômbia, por onde deveriam ter entrado - não fosse a oposição dos homens de Nicolás Maduro - toneladas de ajuda humanitária no fim de semana passado. Segundo a agência de notícias France Press, mais de 300 soldados já desertaram desde o início dos confrontos nas fronteiras (Expresso)

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