A ponte de Cúcuta, que divide a Colômbia da Venezuela, é a passagem real do conflito que se vive na fronteira entre os dois países. As forças de segurança de Maduro usaram gás lacrimogéneo para dispersar quem, do outro lado, quer permitir a entrada de camiões de ajuda humitária que estão bloqueados no lado colombiano. Mas o governo de Maduro não dá margem e já avisou que as fronteiras vão permanecer fechadas mais 24 horas. Do outro lado da ponte, já na Colômbia, em Tienditas, foi construído um acampamento, que alberga voluntários da oposição venezuelana. Eimar é um deles e é também um dos 300 feridos que lá estão. O jovem tem um chumbo na cabeça e diz não querer voltar para o país onde nasceu, a Venezuela. “Não há ninguém na rua além de militares. Não há liberdade de expressão. É muito improvável que nós, jovens da Venezuela, voltemos. Vamos ser perseguidos porque viemos para aqui." , admite o jovem. No acampamento, os manifestantes venezuelanos fazem coleção das balas que os atingiram, enquanto esperam que, do outro lado, chegue alguma ajuda. "Estamos a guardar novas instruções" , admite José Torres, também refugiado no acampamento. "A nossa mão direita é o nosso presidente Guaido. Queremos ajuda para sair da ditadura que temos na Venezuela" , diz. A oposição não se conforma com a ajuda humanitária que, ali ao lado, não chega. Só no último sábado morreram nove pessoas nos confrontos, duas delas perderam a vida na ponte de Cúcuta.
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